Empreendimento turístico conquista terrenos ao mar na Praia e cria 2.500 empregos

De acordo com o Estudo de Impato Ambiental do empreendimento, em consulta pública e ao qual a Lusa teve hoje acesso, a construção tem uma duração prevista de "cerca de oito anos" e será implantando numa nova área de 10 hectares, em frente à "praia negra", construindo um quebra-mar e duas praias de mar artificiais: Black Beach, de 200 metros, e Darwin Beach, de 150 metros.

"A forte concentração populacional na cidade da Praia, com grande pressão sobre as praias da capital tornam-nas pouco atraentes para o turismo. Assim, importa investir em praias de qualidade com capacidade que permitem a cidade posicionar-se e competir no turismo de praia e sol", justifica o estudo, que identifica a Reyes Consulting SA como promotor do empreendimento.

O projecto incorpora ainda uma "Vila Administrativa", com cinco lotes de terrenos para construção de edifícios para serviços públicos, entre os quais "ministérios e Palácio da Justiça".

"Esta proposta justifica-se tendo em conta que vários serviços se encontram instalados em edifícios dispersos e mal localizados, sem condições arquitetónicas, técnicas, humanas, ambientais e de segurança, com prejuízo para a boa imagem institucional, comunicação institucional, gestão eficiente dos custos de funcionamento e conforto dos funcionários e dos utentes", explicam os promotores.

Integra igualmente um parque de estacionamento automóvel subterrâneo com capacidade para 1.200 viaturas e um centro comercial com salas de cinema, para garantir a atração do "turismo de compras", com a presença de "lojas e marcas internacionais que possam completar os restantes ofertas turísticas integradas no projeto".

Do Vitória Bay Village faz parte também um centro de convenções que ocupará cerca de 10.000 metros quadrados, incluindo um auditório com capacidade para 2.000 pessoas e um centro de apoio empresarial.

"A cidade da Praia tem um forte potencial para o desenvolvimento da economia de serviços, nomeadamente através dos serviços financeiros, do turismo, da imobiliária, dos transportes, das telecomunicações, da energia, combustíveis e eletricidade, da consultoria e da formação e ensino, podendo constituir-se uma excelente plataforma de serviços", lê-se no Estudo de Impacto Ambiental.

O empreendimento também prevê 10 lotes de terrenos para hotéis (cinco), residenciais e espaços de comércio e serviços, com os promotores a reconhecerem que a cidade da Praia "padece de alojamentos hoteleiros e residenciais de qualidade internacional que possam competir com as ofertas de outras paragens".

Os cinco hotéis previstos no complexo, de quatro e cinco estrelas, terão capacidade para 528 quartos, e os edifícios para uso misto "oferecerão cerca de 235 apartamentos T3/T4".

"O aumento da oferta de quartos é fundamental para se alavancar o turismo em Santiago", sublinham os promotores, que preveem ainda a construção no local de uma "grande piscina infinita pública", a primeira do género na capital.

"A sua localização sobre o mar com o vidro a separar as duas águas, dá a sensação de se estar dentro do mar", explicam.

Envolve ainda a construção de um ancoradouro para o apoio à náutica de recreio, mergulho, kitesurf, windsurf, moto de água, caiaque, passeios marítimos e pesca desportiva, bem como zonas desportivas, um jardim botânico e uma zona de cultura.

"Vitória Bay Village é um complexo turístico-imobiliário que combina, num mesmo espaço, diversos usos, tais como, hoteleiro, residencial, serviços, comerciais, desportivos, culturais, lazer, náutica de recreio. etc. O projeto norteia-se pela ideia de excelência, num desafio à cidade, a emancipar-se e a impor-se como um polo urbanístico e turístico moderno e competitivo, que proporcione emprego, autoestima e bem-estar aos residentes e aos visitantes", referem os promotores.

A Semana com Lusa

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