Requalificação da orla marítima vai criar valor e condições de urbanidade a São Miguel
O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, disse hoje que as obras de requalificação da orla marítima da Calheta de São Miguel vão criar valor e condições de urbanidade a esse município do interior de Santiago.
Trata-se, segundo o Governo, de uma empreitada de “grande complexidade”, com uma área de aproximadamente 134,011 metros quadrados (m²) e uma extensão de 2,5 quilómetros (km).
As obras, que inicialmente estavam orçadas em cerca de 83 mil contos e que devido a alterações passaram a custear cerca de 135 mil contos enquadram-se no Eixo V do Programa de Requalificação, Reabilitação e Acessibilidades do Ministério das Infra-estruturas, do Ordenamento do Território e da Habitação (MIOTH).
Preparação do terreno, abertura de valas para fundações de muros em alvenaria de pedra argamassada, assentamento de calçada basáltica e lancis, construção da pedonal e ciclovia, construção de passadiços e miradouro em madeira, construção de praças e zonas de estadia, fornecimento e montagem de mobiliário em madeira e arborização e execução de rede de iluminação são as principais actividades a serem desenvolvidas.
O chefe do Executivo, que cumpre hoje o segundo dia de visita à região Santiago Norte, falava à imprensa, em São Miguel, após se inteirar do andamento da referida obra, que visa melhorar o panorama da cidade, criando condições de segurança, conforto e lazer nas zonas de circulação e estadia de pedestre.
“A requalificação da orla marítima é um investimento que está estimado à volta de 135 mil contos, e é importante porque estamos a criar mais valor para São Miguel e para os cidadãos que passam a ter zonas de lazer e prática de actividades”, destacou o governante.
Ou seja, ajuntou, a obra vai valorizar São Miguel em termos económicos e atrair investimentos.
“O resultado que queremos com esta obra é que São Miguel ganhe condições de urbanidade”, vaticinou, acrescentando que almejam ainda que o município passe a ser um espaço urbano e ao mesmo tempo atractivo, e ainda capaz de atrair e captar mais investimentos.
Se tal acontecer, Ulisses Correia e Silva garantiu que vai se criar mais empregos e rendimentos.
Na ocasião, lembrou que o Governo em parceria com a câmara municipal tem em curso vários projectos, tomando como exemplo o de drenagem de água pluviais, requalificação de várias localidades, acessibilidades e desencravamento de localidades, projectos que assegurou vão ter continuidade.
Por sua vez, o edil micaelense, Herménio Fernandes, justificou o aumento do orçamento inicial de cerca de 83 mil contos para aproximadamente 135 mil contos com algumas alterações feitas, visando “garantir qualidade superior e total da obra e criar condições para a orla marítima”.
“Hoje temos uma cidade com cara voltada para o mar e que vê a sua frente marítima totalmente transformada. E essa transformação está a ter um grande impacto na qualificação da cidade de São Miguel, sobretudo na melhoria da sua atractividade e competitividade”, atestou.
Herménio Fernandes previu a inauguração desta obra, que considerou “emblemática e a maior orla marítima de Cabo Verde, em termos de requalificação”, para meados do mês de Maio.
Ainda em São Miguel, Ulisses Correia e Silva reuniu-se com a equipa camarária e ainda presidiu à apresentação do projecto de investimentos no sector de Água em Santiago Norte.
Esta quinta-feira, o primeiro-ministro vai dedicar a sua agenda do período de manhã ao município do Tarrafal, que principia com um encontro com a equipa camarária liderada por José dos Reis, seguido da inauguração do projecto hidroagrícola de Achada Grande e a apresentação do Plano Operacional do Turismo.
À tarde, a equipa governamental desloca-se ao município de Santa Catarina, onde se realiza, às 15:30, em Assomada, o Conselho de Ministros descentralizado.
O líder do Executivo faz-se acompanhar do ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, do ministro do Turismo e Transportes, Carlos Santos, da ministra da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares, Filomena Gonçalves, do ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, da ministra das Infra-estruturas, Ordenamento do Território e Habitação, Eunice Silva, e o do secretário de Estado da Economia Agrária, Miguel da Moura. A Semana com Inforpress