Associação dos Médicos Cabo-verdianos nos EUA avalia positivamente missão em Cabo Verde

Em declaração à imprensa, após um encontro do grupo com o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, o presidente da associação, Júlio Teixeira, disse que essas missões são um intercâmbio, tanto cultural, como científico, que vêm “valorizar” os quadros em Cabo Verde, e que serve também para a troca de experiência.

“Fomos bem recebidos, do ponto de vista social, cultural e psicológico, tivemos um bom ambiente de recessão para o nosso projeto”, concretizou a mesma fonte, que indicou que a equipa é constituída por 26 membros, divididos em quatro equipas cirúrgicas, uma de oftalmologia, uma de “cabeça e pescoço”, uma de cirurgia geral e outra de ginecologia.Há ainda uma equipa de medicina e de saúde mental, que atua na área da violência sexual contra crianças, cita Inforpress.

“Trouxemos equipamentos e materiais, são cerca de 500 mil dólares em equipamentos para o hospital da Praia e ao mesmo tempo trouxemos amigos e colegas de lá para cooperar e colaborar com Cabo Verde, por exemplo temos uma equipa de oftalmologista de Harvard, em São Vicente para operações de catarata, temos também colegas americanos e cabo-verdianos de segunda, terceira e quarta geração, em que alguns, é a primeira vez em Cabo Verde”, acrescentou.

Segundo a mesma fonte, Teixeira afirmou ainda que o principal desafio dessas missões é a sustentabilidade, visto que já desenvolveram projetos do género em vários países, como Nicarágua, Peru, Chile, Argentina e Mongólia, e que para se ter sucesso é necessário continuar a avançar e retornar em missão para esses países até se mudar a “cultura” como a medicina é praticada, defendendo a necessidade de haver maior “insistência” da parte dos médicos em continuar.

“Por vezes, quando só uma pessoa é que faz, acaba por se cansar e frustrar, mas quando há uma equipe, com outros colegas para apoiar, dá-nos mais oportunidade de se ter uma sustentabilidade a longo prazo”, ressaltou.

Júlio Teixeira reconheceu que Cabo Verde, assim como outros países, possui limitações em recursos humanos e materiais, onde o acesso à educação superior e pós graduada e profissional “é mais limitada”, o que se traduz em limitações em valências clínicas.

“Um exemplo, a ideia da introdução de transfusão renal em Cabo Verde é algo que muito se debate e que exige um treinamento de médicos, que é extremamente exigente para que haja uma transfusão de alta qualidade”, ressaltou.

Inforpress ainda explica que, o presidente da Associação dos Médicos Cabo-verdianos nos EUA concretizou que a ideia é complementar os valores existentes e ajudar a aumentar o leque de técnicos e valores que existem, bem como “expandir o diálogo” com colegas na diáspora para ver como é que se pode colaborar “mais intensamente” com Cabo Verde.

Categoria:Noticias