Vice-primeiro-ministro de Cabo Verde lidera banco de investimento da África Ocidental
A eleição de Olavo Correia, por unanimidade e hoje conhecida, aconteceu na semana passada, durante a 20.ª assembleia-geral ordinária do BIDC, em que o também ministro das Finanças e do Fomento Empresarial representou o país, sendo Cabo Verde um dos sócios da instituição, que financia projetos públicos e privados, também no arquipélago.
"Durante o meu mandato, uma das questões a que darei especial atenção tem a ver com as condições de financiamento e a flexibilidade das mesmas, de modo a aumentar o seu deferencial competitivo. Porque as ofertas no mercado internacional são várias, cabe aos privados, dos diferentes Estados-membros, analisar as melhores condições", afirmou Olavo Correia, ao comentar hoje a sua eleição.
"No caso concreto de Cabo Verde, o país tem um quadro de financiamento, do ponto vista de juros, que é inferior àquilo que é o quadro ao nível da sub-região. Deste modo, é importante que alinhemos as condições com as do mercado doméstico, para permitir que tenhamos acesso a um volume maior de financiamento. Mas salvaguardando que essas condições possam permitir que os projetos sejam rentáveis", disse ainda o governante.
O BIDC é uma instituição financeira regional de investimento e desenvolvimento com sede em Lomé, no Togo, e detida pelos 15 Estados-membros da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental: Benim, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.
O banco financia projetos e programas de desenvolvimento nos setores de infraestrutura e serviços básicos, desenvolvimento rural e meio ambiente, indústria e serviços sociais, através de empréstimos de longo, médio e curto prazo, participações societárias, linhas de crédito, refinanciamento, operações de engenharia financeira e serviços relacionados.
A Semana com Lusa