Cabo Verde levanta obrigatoriedade de uso de máscara em espaços fechados
O levantamento da obrigatoriedade de usos de máscaras exceptua-se, no entanto, aos estabelecimentos e infraestruturas de saúde, públicas e privadas, como hospitais, centros de saúde, farmácias, clínicas e laboratórios, nos centros de dia e lares de idosos, nos estabelecimentos prisionais e nos transportes coletivos de passageiros, terrestres, aéreos e marítimos.
Em conferência de imprensa realizada no Palácio do Governo, Ulisses Correia e Silva justificou o levantamento destas restrições com o sucesso que Cabo Verde teve na gestão da pandemia, face a “respostas assertivas, de resiliência e de superação”, enquanto fator de confiança do país.
A este propósito revelou, ainda, que deixa de ser obrigatória a apresentação de Certificado de Vacinação da covid-19 ou de resultado negativo de teste, para o acesso a atividades culturais, artísticas, recreativas, de lazer, de espetáculos ou eventos de qualquer natureza.
Em consequência, acrescentou, a realização desses eventos deixa de estar condicionada à autorização prévia pelas autoridades sanitárias, mas mantém-se a obrigatoriedade de apresentação do certificado de vacinação, para efeitos de viagens inter-ilhas e internacionais com destino a Cabo Verde.
Ainda assim, o chefe do Governo fez questão de alertar que a pandemia persiste com riscos advenientes, razão pela qual considerou ser necessário que todos tomem a terceira dose da vacina contra a covid-19, para uma maior proteção, sublinhando que “não custa nada” e que “só tem ganhos para a comunidade, já que as vacinas estão disponíveis”.
Ao considerar que Cabo Verde está entre os cinco países africanos com maior taxa de vacinação, Ulisses Correia e Silva afirmou, entretanto, que o país se encontra entre os 15 mais afectados no mundo pela crise económica e social provocada pela pandemia, mas que doravante está a iniciar a recuperação económica, ainda que num contexto “extremamente difícil”.
“Estamos novamente a focar prioridades e a afetar recursos para mitigar e aliviar os impactos sobre as famílias e as empresas”, assegurou Correia e Silva, para quem as medidas de restrições impostas nos últimos dois anos evitaram o colapso sanitário, económico e social do país.
A Semana com Inforpress