PAICV acusa Governo de estar “em dívida” com Cidade da Praia

Segundo a Inforpress, o eleito do principal partido da oposição fez as considerações numa declaração política, que abriu os debates do segundo dia da primeira sessão plenária do mês de Maio, que arrancou na quarta-feira, 11.

Carlos Tavares, que se referiu ao Dia do Município da Praia, assinalado no próximo dia 19 de Maio, disse ser uma oportunidade de ver o “maior centro democrático e político” do País de “forma descomplexada”.

“Com acertos e desacertos, Praia surge hoje como um complexo teste à governança, que interpela a políticas públicas de modo a permitir que ela desenvolva harmoniosa e resiliente e que nenhum cidadão possa ficar privado desse desenvolvimento”, sublinhou a mesma fonte, para quem o Governo está “em dívida” com a capital de Cabo Verde por promessas não cumpridas.

O executivo, reiterou, “até hoje não cumpriu nenhuma promessa”, nomeadamente, a aprovação do estatuto especial, criar a região metropolitana da Praia, novo hospital regional, parques tecnológicos de saúde e de indústrias ligeiras, aeródromo de protecção cívil, portos de pescas e marinas, entre outras.

Sendo assim, sustentou Carlos Tavares, o balanço é “claramente negativo” do Governo do Movimento para a Democracia (MpD, poder) que “enganou os praienses” e que deveria pedir desculpas por “não estar à altura das exigências da Praia.

Enumerando outros sectores em falta, o deputado do PAICV disse não se conhecer investimentos estruturantes do MpD e ainda no combate à situação de segurança e de desemprego na cidade capital.

“Mas, o Governo tem se revelado desajeitado e pouco assertivo em resolver estas questões”, acusou, segundo a mesma fonte, alegando que neste momento, há sim “aumento de criminalidade, pessoas afrontadas em suas casas, assassinatos à luz do dia, sentimento generalidade de insegurança que tem tirado a paz aos praienses”.

Há igualmente, afiançou, um “problema muito grave” de desemprego e, por outro lado, há falta de infra-estruturação das escolas, que tem “colocado em perigo alunos e professores”.

O Governo, disse ainda o eleito, em seis anos ainda não fez qualquer habitação com interesse social, mesmo com a promessa de construção de três blocos para minimizar o défice quantitativo de habitação na Praia.

“Esperamos que o legado do Governo seja revertido nessa matéria para bem dos praienses e que esses projectos e outros sejam materializados”, exortou Carlos Tavares, pedindo que se acelere com financiamento para a retoma das obras do Programa de Requalificação, Reabilitação e Acessibilidades (PRRA).

Por ser Praia município que alberga a capital do País, é necessário, segundo a mesma fonte, para o “prestígio nacional” que o Governo assuma as suas responsabilidades e que crie condições especiais para o seu desenvolvimento, colocando a cidade no mapa de investimentos.

“Não há nenhum país desenvolvido se não tiver uma capital pujante”, lançou, elogiando, por outro lado, o “grande trabalho” da equipa camarária do PAICV.

Em reacção, os deputados do MpD asseguraram que Praia está como está devido à “incompetência” da câmara municipal que em dois anos “nada fez”.

O deputado da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID) António Monteiro, por sua vez, considerou que a situação da capital é da responsabilidade tanto do PAICV, como do MpD, que estiveram no Governo e na edilidade, conclui a Inforpress.

Categoria:Noticias