Público dá nota positiva à 28ª edição embora descontente com sistema de controlo de entrada
Em declarações à Inforpress, a vendeira Berta Duarte, que há mais de 14 anos tem o costume de vender no Festival da Gamboa, descreveu esta edição de “muita boa”, afirmando que esteve tudo sobre controlo e que, por isso, mostrou-se feliz com a organização, pois “as coisas correram tudo bem”.
O jovem Gimbo, de Achadinha, por seu turno, disse que esta edição pecou na organização da na entrada, uma vez que “havia apena duas entradas”, o que levou as pessoas a “invadirem a entrada”.
“É preciso estar mais em alerta em relação a esses tipos de situações, tem que ter várias entradas”, recomendou.
Já em relação aos artistas, este jovem disse que não tem nada a dizer, porque “está tudo bem”.
“Gostei pelo facto de trazerem apenas os artistas cabo-verdianos, embora exista muitos artistas de fora que têm bons trabalhos, mas não está nada mal com os que estiveram aqui. Gostei dos artistas que trouxeram e estou muito contente, me diverti bastante”, finalizou.
Outro jovem de nome Hernani ressaltou que Gamboa esteve animado após dois anos de interregno.
“A população se divertiu, mas a organização pecou um bocadinho em disponibilizar apenas duas entradas para toda essa multidão. É complicado, mas o resto estava tudo em cima”, disse.
Embora tenha dito que não viu ninguém a ser revistado à entrada do areal, Hernani disse que sentiu “um ambiente tranquilo” sem muita confusão.
A Inforpress falou também com a jovem Linete, que classificou esta edição do Gamboa como “muito bom”, destacando o horário do fim e ressaltando que a organização também esteve bem, embora tenha havido “filas exageradas” à entrada.
”Gostei muito, muito dos artistas que atuaram. Dentre esses dois dias, gostei mais do primeiro, porque estava melhor organizado e não tinha muitas pessoas assim como hoje. O facto de saber que no próximo ano poderá não haver Gamboa aqui me deixou desapontada”, finalizou.
Em relação à segurança, houve alguns desentendimentos entre os festivaleiros, alguns disparos de arma de fogo, tendo, pelo menos, um jovem sido socorrido por uma ambulância, após ter sido baleado nas redondezas da área conhecida como Subida Bomba.
O presidente da Câmara Municipal da Praia, Francisco Carvalho, disse na sexta-feira à Inforpress que só a realização do Festival de Gamboa este ano após um período de confinamento é, por si só, um motivo de “grande satisfação”.
“Estou satisfeito porque aqui a razão da satisfação é a própria realização do festival. É uma situação muito especial, estamos a sair da pandemia, com incertezas, inclusive teve iniciativas que não levamos a cabo antes por causa das incertezas. Então é com grande satisfação que conseguimos ver que já começou e que está a acontecer de facto”, disse o autarca no areal na Gamboa durante o primeiro dia do certame.
Na sexta-feira o festival contou com animação de Dj e actuação de Zeca Nha Reinalda, Meno Pecha, Lo e Sandro, Nunaus, Ga da Lomba, Indira, Ana Paula, Jennifer Dias, Tranka Fulha, Zé Espanhol, Garry e Sos Mucci.
No último dia houve a animação de DJ e actuações de Mc Antipui, Bodon, Boy Game, Gama, Cabo Verde Show, Leo Pereira, Elida Almeida, Tony Fika e Soraia Ramos a fechar.
O festival aconteceu este ano sob o lema “Gamboa ê di nôs tudu” (Gamboa é de todos) e está orçado em 15 mil contos. A Semana com Inforpress