Primeiro-ministro reconhece que Justiça precisa de condições “para funcionar ainda melhor”

Ulisses Correia e Silva fez estas declarações num colectivo de imprensa para assinalar o primeiro ano deste segundo mandato à frente do executivo, quando questionado pela Inforpress sobre a questão da morosidade da Justiça.

“Primeiro, é preciso ter em conta que a Justiça funciona no Estado de Direito Democrático e temos limites impostos (…). Dentro deste quadro é reforçar as acções, as últimas acções que têm estado a ser realizadas das operações especiais é uma conjugação de esforços das polícias nacional e judiciária e também da Justiça, portanto é sempre acompanhado por um procurador para permitir com que haja depois a acção judicial associada e imediata”, disse.

Entretanto, afirmou o chefe do Governo que é preciso trabalhar ainda mais para que a morosidade da justiça seja reduzida, na medida em que o sentimento de impunidade provocado pela morosidade dá a ideia de que Justiça não funciona.

“A Justiça funciona… Precisa de condições para funcionar ainda melhor e nessas situações que tem a ver com a insegurança tem que ter convergência de acções para poder fazer uma acção muito forte”, defendeu.

Questionado se se justificam as operações policiais ao invés de um trabalho na prevenção, Ulisses Correia e Silva respondeu que há que se trabalhar na prevenção, acção social, inclusão, factores que, segundo disse, levam um “bocadinho mais tempo” a produzir efeitos, mas também num acção vigorosa a nível policial e judicial.

“Em Cabo Verde, particularmente na Praia, a maior parte dos crimes são contra património, sendo roubo, furto e os tais ‘caçubodis’. Um problema que atinge muita gente e torna o ambiente intranquilo e esse combate tem sido a nossa prioridade e vai continuar a ser nossa prioridade. Tolerância zero relativamente a assaltos roubos”, afirmou.

Segundo ainda a Inforpress, Ulisses Correia e Silva afirmou também que a inserção e ressocialização daqueles que estão por algum motivo detidos tem sido uma das prioridades num “programa forte” que o Governo tem em curso, estando já previsto um investimento para os próximos ano de mais de 87 mil contos no sentido de fazer com que haja acesso à formação profissional a qualificação, mas também em toda a formação do homem.

“Criar as condições para que o retorno à família e a comunidade não seja uma rejeição, que haja, de facto, uma maior integração e nesta ótica estamos a trabalhar não só intuições públicas, mas também com as igrejas e as ONG. Estou convencido que com trabalho persistente nós podemos», conclui a Inforpress.

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