Governo destaca importância do turismo cultural que contempla literatura como um dos atractivos turísticos

Carlos Santos fez essas ponderações na cerimónia de encerramento do Festival de Literatura Mundo-Sal que vinha decorrendo há quatro dias, na cidade de Santa Maria, desde quinta-feira, 16, dedicado à oratura e à literatura, homenageando o poeta cabo-verdiano João Vário, e o pensador/escritor maliano Amadou Hampâté Ba.

“O Festival Literatura Mundo Sal tem todas as condições para se transformar em mais um elemento de qualificação da diversificação do turismo que se insere na visão que o Governo tem sobre o sector e que está plasmado no Programa Operacional do Turismo 2022-2026”, sublinhou.

Respondendo ao repto lançado pelo presidente da câmara do Sal, Júlio Lopes, no sentido de, enquanto ministro do Turismo, “apoiar mais o festival”, já que também uma promoção de Cabo Verde, o governante aproveitou o momento para assumir o compromisso de “tudo ser feito para que brevemente”, com demais parceiros, seja anunciado um prémio literário que possa ter este palco do Festival da Literatura Mundo, anualmente.

“Gostaria, igualmente de deixar uma palavra de apreço, aos autores cabo-verdianos, que superiormente nos representaram neste fórum, e que, assim dão a conhecer, através das suas obras, a variedade e a riqueza cultural do nosso País, que transporta nas palavras a realidade social do nosso arquipélago, levando o leitor à reflexão e até mesmo à mudança de posição perante a realidade”, enfatizou.

“Assim, a literatura auxilia no processo de transformação social”, concretizou o titular da pasta do Turismo e Transportes, relevando, também, as acções de sensibilização à escrita e à leitura, junto das três escolas secundárias na ilha, face ao fenómeno da “aparente perda” do hábito de leitura.

Por seu lado, o autarca Júlio Lopes, para quem o evento literário ultrapassou “todas as expectativas” parabenizou a organização, pela qualidade imprimida, após um contexto de pandemia da covid-19.

“Ter um festival com essa qualidade em termos de organização, penso que foi um grande resultado. Parabéns à Rosa Porcelana Editora, não só pela organização do festival, em si, mas pela pertinência e qualidade dos temas aqui abordados”, sublinhou o autarca, realçando a homenagem feita aos dois “grandes homens da cultura”.

Para Márcia Souto, da Rosa Porcelana Editora, organizadora do evento literário, esses dois dias foram “gratificantes os momentos científicos”, pelo que agradeceu a confiança na curadora científica professora Inocência Mata, e a todos quantos “trouxeram luzes”, às sessões levadas a cabo.

“Queremos olhar em frente, seguir em frente”, manifestou Márcia Souto, revelando a execução da extensão do festival na Cidade da Praia e programar a extensão do mesmo, no exterior, ainda no decurso deste ano.

“Mas olhar e seguir em frente é também pensar na quinta edição do FLM-Sal, em Junho de 2023, que será uma homenagem à linguista cabo-verdiana Dulce Almada e ao escritor e tradutor italiano António Taboucchi”, concluiu.

Esta maratona, durante três dias, permitiu debate, reflexão e diálogo sobre os cânones literários, envolvendo livros, editores, escritores e o público, focados na cultura literária.

Acontecerem também sessões científicas e de diálogos temáticos, palestras, exposição de livros e de artes plásticas, exibição de documentários e leituras diversas. A Semana com Inforpress

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