Deputados nacionais do PAICV exigem inspeção às câmaras municipais

Os parlamentares do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), em declarações à imprensa, no final de uma visita de uma semana ao círculo eleitoral, dizem desconhecer “qual o fim dado aos recursos que o Governo diz ter transferido às câmaras municipais” de Santo Antão para a criação de empregos no âmbito do programa de emergência.

Exigiram, por isso, “uma inspeção” às câmaras municipais de Santo Antão, à semelhança do que se tem feito em relação ao município da Praia, que tem sido submetida a “constante fiscalização”, avançou a porta-voz Rosa Rocha.

“Não se sabe qual o destino dado aos recursos que o Governo diz ter transferido para as câmaras municipais de Santo Antão. É necessário que se faça uma inspeção, à semelhança da Câmara Municipal da Praia, que vai já na quarta inspecção. Porque não fazer também uma inspeção às câmaras municipais de Santo Antão”, questionou a deputada do PAICV.

Rosa Rocha disse que Santo Antão enfrenta “um problema candente” a nível do desemprego e alertou para a existência de “problemas em todos os sectores da atividades” na ilha, com destaque para o abastecimento de água, tanto para o abastecimento, como para a agricultura.

“A água é um problema, desde a água para o abastecimento à água para a agricultura. Em Porto Novo, a água perdeu a qualidade porque a empresa não tem capacidade financeira para substituir os equipamentos que já atingiram o seu tempo limite. Temos problema de qualidade em várias localidades. Também, a câmara não consegue disponibilizar água em todas as zonas da cidade. O Governo tem que agir”, declarou a parlamentar.

Ainda sobre o abastecimento de água, Rosa Rocha alertou para a “carência de água incrível” nos Planaltos Norte e Leste, que são as zonas de recarga.

No Planalto Leste, explicou, o projeto de bombagem deixou de funcionar e no Planalto Norte, o projeto de bombagem e adução de água, que, como disse, já tinha financiamento garantido em 2016, “continua patinando”.

“Portanto, a água para agricultura é cada vez mais escassa tendo em conta a redução das precipitações, mas também devido à má exploração de alguns furos que estão em falência técnica”, salientou a deputada nacional, alertando ainda para “a inércia” em que se encontram “todos os serviços do Estado” na ilha.

Os deputados do PAICV denunciaram ainda “a utilização indevida” das viaturas do Estado por “alguns responsáveis” dos serviços públicos.

A Semana com Inforpress

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