Autoridades cabo-verdianas pedem reflexão após cinco mortos por afogamento num dia
“Impõe-se uma reflexão mais profunda sobre o nosso comportamento relativamente ao mar, pelo que reforçamos o nosso apelo aos utilizadores das praias nacionais no sentido de uma maior prudência, devendo respeitar as recomendações de segurança das autoridades, respeitar as indicações dos nadadores-salvadores e as instruções da Polícia Marítima, bem como as orientações das placas sinaléticas nas praias”, lê-se no comunicado do IMP citad pela Lusa
O IMP apela ainda que, “por razões de segurança, deve-se evitar o uso de praias não vigiadas ou caracterizadas como não balneares e/ou perigosas”.
“Apela-se ainda aos praticantes de pesca de lazer no sentido de se precaverem na prática da atividade, utilizando equipamentos de proteção e segurança como coletes e boias, evitando pescarias em zonas de difícil acesso, sem rede de comunicação e, principalmente, em zonas de mar muito agitado”, acrescenta o IMP.
Três incidentes no mar de Cabo Verde, nas ilhas de Santiago (Praia) e do Sal, provocaram cinco mortos por afogamento durante o dia de domingo, de acordo com informação divulgada hoje pelas autoridades locais.
O caso mais grave registou-se na praia do Portinho, arredores da cidade da Praia, envolvendo um grupo de oito pessoas que ali realizava pesca desportiva.
Segundo fonte da Polícia Marítima, três pessoas foram arrastadas pela forte ondulação que se fazia sentir e acabaram por se afogar, tendo sido recuperados até ao momento os corpos de duas das vítimas.
Um outro caso foi registado junto à praia de Quebra Canela, também na Praia, resultando numa morte por afogamento.
Também no domingo, mas no mar de Cadjetinha Norte, ilha do Sal, um rapaz de 21 anos foi arrastado pela corrente e acabou por morrer afogado naquela praia.
De acordo com as autoridades locais, o jovem ainda foi socorrido, mas as manobras de reanimação em terra revelaram-se infrutíferas, tendo sido declarado o óbito.
A Polícia Marítima de Cabo Verde já anunciou um reforço da vigilância nas zonas balneares.
“O IMP recorda e reitera que a segurança balnear é uma responsabilidade de todos e de cada um em particular, pelo que insta a todos a ter uma atenção redobrada neste período de maior afluência às praias balneares”, conclui o comunicado, escreve a Lusa.