População de Campanas de Baixo preocupada com presença de “bicho de água” pede intervenção das autoridades
Um dos moradores da comunidade de Campanas de Baixo, Máximo da Silveira disse à Inforpress que há sensivelmente um mês que este bicho foi detectado em grande quantidade numa zona conhecida por Ribeira da Cruz e que a situação foi comunicada, de imediata, à delegação do Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA).
Máximo da Silveira avançou que esta praga está a infestar as casas, ruas e as cisternas contendo água das chuvas e que inclusive há relato de ter picado uma mulher na sua própria residência.
A população desconhece o nome científico do bicho, mas chama-o de “bicho de água” porque, explicou Máximo da Silveira, ele apareceu depois do período das chuvas e concentra-se nos locais húmidos e contendo água e nos momentos quentes desaparece, escondendo em buracos onde reproduz.
Porém o bicho assemelha-se a centopeia e a mil pés, uma praga que afecta a cultura na ilha de Santo Antão, um dos motivos pelo qual a população de Campanas de Baixo pede “maior atenção e intervenção” das autoridades.
Máximo da Silveira disse que alguns técnicos e o próprio delegado do Ministério da Agricultura e Ambiente já esteve no local, por duas vezes, mas insiste que o mesmo não provoca danos nas culturas.
Contrariando esta ideia, a mesma fonte sustentou que o bicho de água ataca a cultura de abóboras, batata e de mandioca, e nota-se uma “grande quantidade” nas cisternas, cuja água, segundo o mesmo, não serve para o consumo humano e talvez para os animais e isso tudo representa prejuízo.
O delegado do MAA, Jaime Ledo de Pina, tinha afirmado na semana passada, em conferência de imprensa, que este bicho não afecta as culturas.
A vereadora da câmara de São Filipe responsável pelo sector de desenvolvimento rural, Lia Barbosa deslocou-se, quarta-feira, à localidade de Campanas de Baixo para inteirar-se da situação e mostrou-se preocupada com aquilo que encontrou.
Esta prometeu que vai dialogar com a delegação do Ministério da Agricultura e Ambiente e com a Delegacia de Saúde de São Filipe no sentido de encontrar uma solução para combater a praga que além das parcelas agrícolas está a infestar algumas casas da localidade.
A Semana com Inforpress