Agência de Inovação de Portugal quer “potenciar” relação com Cabo Verde

A intenção foi manifestada, na cidade da Praia, pela presidente da ANI, Joana Mendonça, que chefia uma delegação que está de visita a Cabo Verde para manter contactos com empresas, universidades, instituições e participar em eventos ligados às novas tecnologias e inovação.

A ideia, segundo a dirigente portuguesa, é “potenciar” a relação com Cabo Verde, com instrumentos utilizados em Portugal para acelerar e desenvolver novas tecnologias, até a sua entrada no mercado.

“Algumas aprendizagens que nós temos tido e que podem ser úteis para a implementação aqui em Cabo Verde, por outro lado, abrindo oportunidades também ao nosso próprio desenvolvimento da inovação, estabelecendo uma parceria com Cabo Verde”, comentou a responsável, no final de visita de cortesia ao vice-primeiro-ministro e ministro da Finanças, Olavo Correia, que também tutela a pasta da Economia Digital cabo-verdiana.

Após a visita da delegação, a ANI e as autoridades cabo-verdianas estão a desenhar o modelo da parceria que vai ser estabelecida, segundo Joana Mendonça, que sublinhou o “potencial” em Cabo Verde ao nível da inovação e novas tecnologias, sobretudo dos jovens.

“Cabo Verde tem uma população muito jovem, muito bem formada, temos tido oportunidade de conhecer vários jovens a estudar em áreas tecnológicas e com muita qualidade e isso é um recurso fundamental para o desenvolvimento tecnológico e inovação”, avaliou a presidente, que está em Cabo Verde a convite do secretário de Estado para a Economia Digital, Pedro Lopes.

Depois da cidade da Praia, a delegação, composta ainda pelo administrador João Borga, desloca-se na quinta-feira à ilha de São Vicente, para visitas a entidades públicas e privadas locais.

“Pelo que percebi as ilhas são muito diferentes, também há áreas de especialidade diferentes de acordo com as ilhas. Isto também é algo que nos acontece em Portugal, as diferentes regiões têm diferentes características, o que quer dizer possibilidade de desenvolver diferentes áreas tecnológicas, diferentes conhecimentos e oportunidades de partilha”, terminou Joana Mendonça.

A ANI tem por missão promover a colaboração entre entidades do Sistema Científico e Tecnológico e o meio empresarial, reforçar a participação em programas internacionais por parte de empresas e entidades do mesmo sistema.

A instituição tem o seu capital subscrito em partes iguais pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia (50%), e pelo Ministério da Economia, através do IAPMEI (50%). A Semana com Lusa

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