Salense emigrante em Luxemburgo oferece materiais de música à Escola Municipal de Artes Tututa
Em declarações à imprensa, Djoy d’Ninha explicou que a ideia de trazer esses materiais, cordas e afinadores, surgiu de uma conversa entre o presidente da comissão de gestão da Escola Tututa, Homero Delgado, e do coordenador pedagógico, Luís Rocha, amigos e amantes da música de longa data.
“Então como vinha de férias, abordei alguns amigos que se disponibilizaram e conseguimos trazer estes materiais, pouca coisa, mas que pensamos de alguma valia para a escola, que vai dar início a mais um ano lectivo, no ensino de música às crianças”, contou.
Djoy d’Ninha, para quem este gesto é apenas um ponto de partida, manifestou-se satisfeito por poder colaborar com a escola, revelando que é sempre possível conseguir mais materiais, com o envolvimento dos salenses lá fora, neste caso concreto.
“Naquilo que puder faço com prazer. É fácil conseguir donativos lá fora, porque estamos prontos para ajudar, dar um jeito, mas fazer chegar encomenda a Cabo Verde, é que as coisas se complicam, tornam-se difíceis”, lamentou.
Ddjoy d’Ninha desafiou os responsáveis da Escola Tututa a viajarem para o Luxemburgo, no sentido de angariar muito mais coisas para a escola e não só, com o apoio dos emigrantes, do Sal, particularmente, que conforme reiterou “estão prontos a ajudar”.
Para o coordenador, Luís Rocha trata-se de um gesto simples, mas de grande importância, e mostra que o trabalho feito na Escola Tututa está a ter o eco e a ser reconhecido.
“É com satisfação que a Escola Tututa recebe este gesto, porque mostra que o trabalho que estamos a desenvolver está a merecer a atenção, nomeadamente junto dos emigrantes, neste caso o pessoal do Sal, no Luxemburgo. Sempre que quiserem ajudar, estamos prontos para receber”, manifestou o responsável.
Quanto ao desafio lançado, Luís Rocha disse que vão pensar nisso com carinho, pois seria um “prazer enorme”, já que essa deslocação poderá permitir muito mais angariação de instrumentos e materiais, que não se encontram no Sal, em Cabo Verde, e de que a escola tanto precisa.
Também o presidente da comissão de gestão da Escola de Arte Tututa, Homero Delgado agradeceu o gesto, já que, conforme salientou, toda a oferta para apetrechar a escola de melhores meios no ensino/aprendizagem da música às crianças é bem-vinda.
“Apesar de ser uma escola municipal de música, se não mobilizarmos a sociedade civil, não poderemos levá-la avante. E temos de elevar sempre o nome da Dona Tututa, patrona da escola. O valor que a câmara municipal disponibiliza é insuficiente para fazer face às necessidades”, apontou. A Semana com Inforpress