Cabo Verde Airlines cancela seis voos de e para Lisboa devido à greve na Portway
“Dado a greve do operador de Handling Portway no aeroporto de Lisboa de 26 a 28 de agosto, os voos da Cabo Verde Airlines durante este período serão cancelados por falta de assistência em escala”, informou, segundo a Lusa, a TACV, que opera com a designação comercial Cabo Verde Airlines (CVA).
Entre os voos afetados estão dois na sexta-feira, sendo um Praia-Lisboa e outro Lisboa-Sal, os mesmos dois no sábado, com um Sal-Lisboa e um Lisboa-Praia, enquanto no domingo também dois voos vão ser cancelados, sendo um Praia-Lisboa e um Lisboa-São Vicente.
A companhia estatal cabo-verdiana garantiu que está a envidar esforços para proteger os passageiros afetados a partir de segunda-feira, 29 de agosto.
“Todos os passageiros serão comunicados sobre os voos de proteção via telefone e endereços eletrónicos, pelo que não deverão comparecer no aeroporto”, pediu a empresa.
Segundo a mesma fonte, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (Sintac) convocou uma greve na empresa de assistência em terra, nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e Funchal, com início às 00:00 de sexta-feira e fim às 00:00 de segunda-feira.
A paralisação é contra a política de "confronto e desvalorização dos trabalhadores por via de consecutivos incumprimentos do Acordo de Empresa, confrontação disciplinar, ausência de atualizações salariais, deturpação das avaliações de desempenho que evitam as progressões salariais e má-fé nas negociações", indicou o sindicato em comunicado.
A ANA – Aeroportos de Portugal e a Portway alertaram hoje para possíveis perturbações em 22 companhias aéreas que operam nos aeroportos nacionais, entre elas a Cabo Verde Airlines.
Em março de 2019, o Estado de Cabo Verde vendeu 51% da TACV por 1,3 milhões de euros à Lofleidir Cabo Verde, empresa detida em 70% pela Loftleidir Icelandic EHF (grupo Icelandair, que ficou com 36% da Cabo Verde Airlines) e em 30% por empresários islandeses com experiência no setor da aviação (que assumiram os restantes 15% da quota de 51% privatizada).
Entretanto, na sequência da paralisação da companhia durante a pandemia de covid-19, o Estado cabo-verdiano assumiu, prossegue a Lusa, em 06 de julho de 2021 a posição de 51% na TACV, alegando vários incumprimentos na gestão, e dissolveu de imediato os corpos sociais.
Em 26 de novembro, a Loftleidir Cabo Verde anunciou que deu início a um processo arbitral contra o Estado cabo-verdiano alegando “violação dos acordos celebrados entre as partes”, face à renacionalização da companhia aérea de bandeira TACV, conclui a fonte deste jornal.