Deputados com olhares diferentes quanto ao desenvolvimento da ilha sob efeito da pandemia
Estas ponderações foram feitas em jeito de balanço, num momento em que se celebra mais um Dia do Município do Sal, e da sua padroeira, Nossa Senhora das Dores, assinalado esta quinta-feira,15 de Setembro, durante sessão solene para marcar a efeméride.
Perante presença do primeiro-ministro, que presidiu o acto, o líder da bancada PAICV (oposição), Manuel Portugal, disse que o custo de vida está elevadíssimo na ilha, “historicamente” acima da média nacional, que as cidades, vilas e povoados “continuam cinzentos”, sem espaços verdes e de lazer, requalificação e embelezamento urbanos, a par de outras “lamentáveis” situações.
“Não há política nenhuma de luta contra a pobreza e de empoderamento das famílias, designadamente com a execução de projectos de actividades geradoras de rendimento. Fica-se pelo assistencialismo das cestas básicas, com segundas intenções políticas e eleitorais, o que nada resolve”, sentenciou.
Ainda, deitando um olhar crítico a várias situações e problemas em diferentes áreas e sectores, na ilha mais turística do País, Manuel Portugal concluiu referindo, que o Fundo do Turismo (FT), prometido para ficar no Sal, é “utilizado para tudo e mais alguma coisa, menos para resolver os problemas básicos da ilha”.
Seguindo na mesma linha de ideia, o deputado do Grupo Sal (independente), Rivelino Reis, questionou se se está a celebrar um município que se destaca pelas suas “belas praias, paisagens únicas e encantadoras”.
Nesta perspectiva, referiu que o Sal não se limita às suas belas paisagens que fazem “apaixonar” todos que a visitam, continuando a reclamar, entretanto, a “atenção merecida” das autoridades locais e nacionais.
“Para que o Município do Sal tenha a atenção merecida das autoridades locais e nacionais, é preciso que os investimentos sejam bem planeados para que tenham um impacto positivo e capazes de gerar retorno”, analisou, defendendo a promoção de um “desenvolvimento colectivo” onde cada um se sinta acolhido, com condições para se prosperar.
Por sua vez, a líder da bancada do MpD (poder), Luísa Fortes, preferiu falar de coisas positivas, sustentada na fé e esperança.
“Precisamos ter muita fé, paz, tranquilidade e esperança no futuro para continuarmos a ganhar os desafios que se colocam a nível global, nacional e local”, notou.
Desafios, acentuou, para mais educação, saúde, habitação, infra-estruturas, saneamento básico, electricidade e água, entre muitos outros.
“Para satisfazer as demandas das nossas populações. A ilha do Sal é de todos nós. Todos temos obrigação de contribuir para o seu desenvolvimento”, concluiu, referindo que o Governo tem sido um “parceiro incontornável” na busca de soluções para melhorar o desenvolvimento da ilha, de todos, da sua população. A Semana com Inforpress