Moradores de Furna pedem “mais celeridade” na resolução dos problemas no edifício do jardim-de-infância - Brava
Em declarações à imprensa, Lídia Baptista, uma moradora da zona de Furna, disse que, desde a sua construção, o edifício do jardim apresentou problemas mas admitiu que, este ano, a situação é “mais crítica”.
Segundo a Inforpress, Lídia Baptista disse entender que a melhor solução para este jardim seria derrubá-lo e reconstruir de novo, pois as anomalias vieram desde o início da construção e “remendar” não vai resolver o problema.
Carla Fernandes, mãe de uma criança em idade de frequentar o jardim-de-infância, moradora na localidade de Furna, realçou que os constrangimentos no atraso para o arranque das actividades lectivas no jardim local são vários.
Carla Fernandes também defendeu a necessidade de serem implementadas obras no edifício uma vez que este não apresenta condições de segurança para as crianças, funcionários e demais utentes, mas também questiona o porquê de essas obras não terem sido executadas durante o período de férias ou mesmo localizar um espaço para o funcionamento provisório.
Conforme a mesma fonte, destacou que os pais, funcionários na ilha, já enfrentam algumas dificuldades por, na ilha, não ter opção de jardins-de-infância que funcionem nos dois períodos, com mais esta situação “fica mais complicada ainda”.
Adalberto Martins, também morador desta zona diz não ter crianças a frequentar o jardim-de-infância, mas além de morador deu o seu ponto de vista também como deputado municipal do PAICV, considerando que o estado do jardim é “uma vergonha”.
Segundo o deputado municipal, esta questão já foi levantada algumas vezes nas sessões da Assembleia Municipal e a autarquia sempre defendeu que os problemas são desde a construção do edifício e não foi feita nenhuma intervenção.
“É incompreensível que durante todo este período de férias não foram feitas nenhumas obras de melhoria no edifício e somente agora, que o jardim já iniciou em todas as localidades da ilha, é que vão pensar em introduzir obras no local deixando em atraso estas crianças em relação às outras zonas”, considerou o deputado municipal.
A população deixou claro que não está a questionar a realização de obras, mas sim o período que foi escolhido e por não terem apresentado um “plano B” enquanto as obras não ficarem concluídas, permitindo que as crianças da zona frequentem o jardim da mesma forma que está a decorrer nas outras zonas.
A Inforpress contactou o responsável pelo Pelouro da Educação da Câmara Municipal da Brava, Mário Soares, uma vez que a parte administrativa dos jardins-de-infância na ilha é gerida pela autarquia e o vereador avançou que todos os pais já foram informados sobre a situação do jardim que colocava em perigo a vida das crianças e sobre outra solução não se pronunciou sobre este ponto nem quando as obras vão se iniciar ou terminar.