Cabo-verdianos com 3.600 bolsas para universidades no país e no estrangeiro
“A ação social escolar continuará a ser, também, a nossa aposta. Falo da ação social académica, das bolsas se estudos - neste ano letivo 2022/2023 são mais 1.200 novos bolseiros, totalizando 3.600, no país e no estrangeiro -, das residências para os estudantes, proporcionando mais e melhores condições a todos, e possamos ter estudantes com maior inclusão no ensino superior”, afirmou Ulisses Correia e Silva.
O chefe do Governo, que participou, no campus da Universidade de Cabo Verde (UniCV) na Praia, na cerimónia de abertura do novo ano académico, afirmou que a educação, e particularmente o ensino superior, é “um setor estratégico para o desenvolvimento do país”.
“Onde nos próximos tempos vai haver um forte investimento nas áreas da investigação, da ciência, para aumentarmos o nível da produção, quer da investigação aplicada, quer do conhecimento. O trabalho que vem sendo feito, e continuará a ser nossa aposta, é garantir a sustentabilidade das instituições do ensino superior com qualidade, com a criação de um quadro de políticas públicas, em diálogo e comparticipação com as instituições, as universidades e os institutos. Sabemos da situação de dificuldade que a maior parte vive e é preciso encontrar um quadro de solução”, acrescentou.
Atualmente, o ensino superior em Cabo Verde está concentrado nas ilhas de Santiago (Praia e Assomada) e de São Vicente, cenário que o primeiro-ministro garantiu que vai mudar já durante este ano académico.
“Estamos já num processo, como orientação estratégica muito clara, de fazer com que o ensino superior chegue às ilhas, através da transformação digital, através de especializações, que possa aproveitar a vocação regional das ilhas”, afirmou.
Acrescentou que o polo universitário de Geociências e Vulcanologia da UniCV na ilha do Fogo “está a ser preparado para ser implementado”, e que o Instituto de Ciências Agrárias em Santo Antão “irá iniciar o seu funcionamento” neste ano académico.
“E outras situações serão analisadas para podermos chegar lá onde há necessidade e procura de ensino superior. Não, necessariamente, com a criação e construção de mais universidades nas ilhas, mas levar o ensino superior através da transformação digital, com aulas presenciais e à distância e criar um mecanismo que depende agora da capacidade de implementação das universidades”, concluiu. A Semana com Lusa