Presidente da CPI disse que audições permitiram apurar “informações importantes”
Segundo a Inforpress, a CPI realizou três dias de audições com entidades e personalidades ligadas à Empresa Nacional de Aeroportos e Segurança Aérea (ASA), sobre a privatização da TACV, durante a qual foram ouvidas cerca de 14 personalidades.
Das entidades destacam-se os membros da administração da ASA, da CV Handling, operacionais do aeroporto do Sal, do ex-director do Aeroporto do Sal, director de Navegação Aérea da ASA, entre outras.
Presidida pelo deputado Walter Évora, do PAICV, integram esta comissão sobre a privatização dos Transportes Aéreos de Cabo Verde SA, incluído a liquidação da operação da TACV nos voos domésticos, seis deputados do MpD (Emanuel Barbosa, Luís Carlos Silva, Euclides Silva, Aniceto Barbosa, Isa Monteiro e Celso Ribeiro), quatro deputados do PAICV (Carla Lima, Démis Almeida, Adélsia Almeida) e o deputado da UCID, António Monteiro.
As audições que terminaram hoje, vinham acontecendo das 08:30 às 18:00, na sala de reuniões do edifício da ASA, desde terça-feira, 03.
No fim dos trabalhos, Walter Évora explicou, em declarações à Inforpress, que as audições foram muito à volta dos acontecimentos no dia 18 de Junho de 2021 que culminaram com o cancelamento do voo inicial do Cabo Verde Airlines, após à pandemia da covid-19, e do consequente arresto do aparelho.
“As perguntas dos deputados, membros da CPI, foram no sentido de se apurar as consequências da instalação do ‘hub’ no Sal, as dívidas da CVA para com a ASA e CV Handling’, informou.
Instado sobre as ilações que se poderão tirar das audições com as diferentes personalidades ligadas à ASA, sobre a matéria, Walter Évora esclareceu que está-se ainda num período de inquérito que deverá terminar no dia 07 de Dezembro do corrente ano, devendo, até lá, trabalhar-se nas conclusões.
“Mas já pudemos apurar que houve consequências financeiras de várias decisões que foram tomadas, em relação à Cabo Verde Airlines, também um conjunto de dívidas…, enfim um conjunto de acções que ainda não poderemos avançar, como é óbvio”, explicou.
Em relação aos acontecimentos do dia 18 de Junho de 2021, motivo desse inquérito, a mesma fonte disse que há, basicamente, uma convergência dos depoimentos, do que terá acontecido nesse dia.
“É claro que continuaremos com as audições, vamos ouvir mais personalidades, e já mais para o fim, a CPI deverá ouvir ministros, os grandes responsáveis políticos que de certa forma estiveram nas decisões que foram tomadas para com a companhia aérea”, apontou Walter Évora.
Segundo ainda a Inforpress, esta CPI foi criada pela Resolução nº 41/X/2022 de 07 de Março e visa, entre outros, averiguar qual a visão e a estratégia do Governo para o sector dos transportes, averiguar estudos, dados ou factor que motivaram a decisão do Governo em avançar com a privatização dos TACV.
Ainda, que relações foram desenvolvidas com a Lof Leidir e com os demais negócios referidos, qual a natureza destas relações, averiguar a lisura dos negócios com a Binter/TICV, a Icelandair, a Bestfly Angola e a Bestfly World Wide.