PAICV questiona porque o MpD não quer que se faça a auditoria ao Mercado de Coco
Carlos Tavares acusou que a recusa do MpD em aceitar a auditoria é uma “demonstração clara que o MPD não está interessado na transparência na gestão da coisa publica quando os envolvidos são dirigentes afetos a esse partido” e “uma evidencia daquilo que o PAICV e sociedade civil tem dito sobre o mercado, nomeadamente a gestão danosa e delapidação dos recursos públicos, lesivos ao interesse dos munícipes”.
O mesmo apontou que, não obstante a não conclusão do mercado durante todos esses anos, (desde 2011),a auditoria foi sendo sucessivamente adiada pelo Tribunal de Contas que, “até aqui, nunca colocou e nem teve vontade de colocar o mercado de coco na sua agenda”
“Há pouco tempo, o TC recusou o pedido da CMP para fazer a auditoria e veio dizer agora que estaria disponível a fazer a auditoria desde que o parlamento autorizasse e custeasse a operação, uma vez que tribunal de contas não tem meios para fazer a auditoria”, ressaltou.
Neste sentido, diz que indigna os municipes o facto de haver dinheiro para muitas coisas em Cabo Verde, “muitas delas supérfluas e haver dinheiro para perseguir” e mandar fazer inspeções a CMP liderado por Francisco Carvalho eleito há 2 anos e surgir a “desculpa "de falta de meios para auditar um mercado que está em construção há mais de 10 anos e que já consumiu avultados recursos púbblicos.
Carlos Tavares referiu que mesmo com a possibilidade de os custos de auditoria vir a constar do próximo orçamento de 2023 e a auditoria ser iniciada em janeiro do próximo ano, o partido no poder negou a autorização para se fazer a auditoria.
Sendo assim, questiona “porque o MpD não quer que se faça a auditoria ao mercado de coco? Alguém acredita que, com esse chumbo do MPD, fugindo a busca da verdade, o processo foi mesmo feito com lisura e transparência como advoga esse partido? Qual o medo do MPD em que se esclareça como foi aplicado os recursos públicos da CMP?”.
Subversão do Estado de direito democrático e abandono de Sacupira:
Para o Presidente da Comissão Política Regional de Santiago Sul do PAICV, bloquear a busca da transparência e verdade na defesa do interesse público é contribuir para acentuar a corrupção e que é a própria credibilidade do Estado de direito que está em causa.
Outro ponto abordado nesta conferência, por Carlos Tavares é de que durante os mandatos do MpD os comerciantes do mercado de sucupira não tiveram atenção da equipa do MPD, apontando que estes trabalhadores foram sufocados com taxas, incluindo em tempos de covid19.
“CM anterior recebeu dinheiro dos comerciantes para inscrições e bancas num futuro mercado e nunca a equipa anterior devolveu o dinheiro aos comerciantes e venderam o terreno de sucupira sem ouvir os comerciantes, mandado os comerciantes venderem em Pedras, sabendo que vendem roupas e calçados”, denunciou.