Rota das tartarugas” avaliam projecto como “excelente” e convidam mais caminhantes
O projecto, a autarquia local, é realizado durante época de desova de tartarugas marinhas e interliga sensibilização ambiental, com foco na conservação da espécie, e exercício físico.
Uma das participantes mais velha do grupo de caminhantes, Orquídea Dongo, que através de um convite pela primeira vez aderiu ao projecto, conseguiu concluir o percurso de todas as cinco etapas com 25 quilómetro cada, percorrendo a volta a ilha da Boa Vista em cerca de 125 quilómetros.
“Eu sempre fui atleta, sempre estive neste mundo de desporto e sempre gostei deste tipo de coisas. Além disso é uma forma de ajudar e demonstrar a proteção da tartaruga para ajudar projetos, e alinhei neste projecto”, disse, explicando os motivos da sua participação.
Pela experiência sugeriu que deverá haver adesão de maior número de pessoas e, sobre o segredo da proeza, aos 57 anos, a caminhante sénior disse adorou a experiência e o segredo “um bocado psicológico”.
“As caminhadas são óptimas, mas o segredo é sobretudo também ter condições físicas”, disse, reiterando que a prática do desporto ao longo da vida a ajudou a concluir “facilmente” as etapas.
Quanto a sensibilização das tartarugas, para a mesma está a surtir efeito dentro do grupo, e neste sentido solicita às pessoas a defender a apanha de tartaruga, e que participem nestes géneros de projectos, “bons para o ambiente da ilha e para a saúde”.
A participante mais nova, com 10 anos, Noeti Libardoni, neta da Orquídea Dongo, por seu lado, explicou que a convite aliou-se às caminhadas com a mãe Ayana Libardoni, que é também outra participante que, assim como a filha, concluíram duas etapas desta edição.
“Sempre gostei de fazer actividades com ela, aceitei o desafio de experimentar e acabei por gostar”, disse, descrevendo de “excelente” a parte ambiental deste projecto no que diz respeito à conservação das tartarugas e da natureza, para a vida marinha e para o meio ambiente.
“Dou nota mil ao projecto. O que me motivou a vir participar é vontade de andar, da paixão de conectar com natureza, porque é um projecto que é uma mistura de mar, terra, ambiente, ao mesmo que, é bom para que consciencializarmos sobre a matança de tartarugas”, avaliou Crisólita Francês, que participa pela segunda vez no projecto tendo também concluído todas as etapas das suas edições.
Apesar de estar ciente de que a apanha de tartarugas ser uma fonte de rendimento para muitas famílias, Crisólita Francês considera que por isso há que abraçar este projecto para ajudar na divulgação das causas ambientais, algo que notou propagar-se dentro do grupo de caminhantes.
“Para a próxima edição voltarei a estar aqui do princípio ao final”, garantiu, convidando as pessoas a marcar presença nas caminhadas para conectar com a natureza e envolverem-se no projecto para que, juntos, consigam consciencializar as pessoas sobre a proteção da tartaruga.
Emerson Fernandes que também se aventurou no projecto desde o dia do seu lançamento, com presença marcada em todas as etapas, afiançou que sempre “trabalhou” em incentivar outras pessoas a participar e, por isso, espera vir continuar nestas andanças que, além da preservação ambiental, proporciona oportunidade de conhecer outras pessoas.
“Isto para mim é uma satisfação enorme”, disse, conferindo “nota positiva” à sensibilização sobre as tartarugas e do trabalho que se verifica feito pelas ONG ambientais que com voluntariado de pessoas que se encontram nos acampamentos de tartaruga dão luta, perdem sono, noites e abandonam as suas casas para proteger a desova e nidificação dos ninhos da espécie.
Daí que, Emerson Fernandes deixou palavra de força e motivação para que os mesmos prossigam nesta causa e que, no que for possível ajudarm poderão contar com os caminhantes do projecto “Boa Vista a andar – Rota das tartarugas”.
A Semana com Inforpress