Entidade Reguladora da Saúde capacita profissionais de saúde para antecipar riscos pós-vacinação da covid-19

Esta segunda formação, com o tema “Avaliação de causalidade das MAPI”, direcionada aos membros do comité nacional de gestão da MAPI, da equipa técnica nacional de investigação e aos membros da comissão nacional de farmacovigilância, acontece depois de um primeiro realizado no mês de Junho.

Enquadra-se numa iniciativa da ERIS, em parceria com o Ministério da Saúde e OMS, para definir os planos de avaliação e acompanhamento do processo da vacinação da covid-19 em Cabo Verde, conforme adiantou à imprensa a administradora executiva da ERIS e responsável pelo pelouro da área farmacêutica, Íris Vasconcelos.

A intenção, segundo a mesma fonte, é reforçar as competências dos participantes nos procedimentos associados à avaliação da causalidade de Manifestações Adversas Pós-Imunização (MAPI) da covid-19.

“Pretende-se com esta formação capacitar todos os profissionais de saúde de todas as ilhas que estão nas estruturas de saúde do País, em avaliação de causalidade das MAPI”, sublinhou a administradora executiva da ERIS.

Para além disso, a capacitação desses profissionais serve como propósito a celeridade e eficácia em conhecer mais os procedimentos de antecipação e “agir quando têm que agir”, quando há indícios ou quando já tenha efeitos adversos contra a vacina.

Ainda segundo Íris Vasconcelos, quando se tem qualquer tipo de plano de vacinação a investigação de casos é “crucial e necessária” e pode ser feita de forma transversal, tanto para os profissionais de saúde, mas com o próprio cidadão, após a imunização.

“Após a imunização todos têm que ficar atentos para as possíveis chegadas de sintomas que possam ocorrer, por isso considero que essa formação veio em boa hora porque cada vez mais as equipas de investigação estão capacitadas para intervir quando ocorra determinadas situações como estas”, concretizou a mesma fonte.

Segundo Íris Vasconcelos, nesta formação estão especialistas de todas as estruturas públicas de saúde e pretende capacitar futuramente mais profissionais nesta matéria, que segundo a mesma é “importante” para a saúde.

A responsável pelo pelouro da área farmacêutica referiu ainda que o País notifica paulatinamente alguns casos desde do início da campanha de vacinação, por isso tem estado a sensibilizar constantemente, explicando que os sintomas são susceptíveis de ocorrer.

Isto porque, enfatizou, há sintomas esperados e outros que podem ocorrer mais grave, por isso “estamos aqui para antecipar os riscos, para melhorarmos a nossa intervenção”.

O comité nacional de gestão de Manifestações Adversas Pós-Imunização (MAPI) foi criado em 17 de Março e tem por objetivo garantir a vigilância, detecção, notificação, investigação, análise e seguimento das MAPI, além de definir e orientar ações apropriadas após as notificações.

A Semana com Inforpress

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