“Crianças com patologias neurológicas devem permanecer nas salas de aula com acompanhamento multidisciplinar” - Boa vista
“Na minha opinião, estas crianças têm que estar na sala de aula”, disse a especialista, informando que como se trata um deficiente, criança ou adolescente com problemas neurológicos, está-se perante um indicador importante da saúde de um país.
A neurologista emitiu esta opinião à Inforpress, quando falava sobre o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, que se assinalou nestes sábado,3. .
Para a especialista, desde que se comece a fazer a sinalização das crianças dos 0 aos 5 anos, e se se intervenha de forma precoce, com terapias adequadas, consegue-se que as mesmas tenham algum sucesso escolar.
Isto porque, segundo explicou Antónia Fortes, muitas vezes, por exemplo, se diagnostica uma epilepsia que não é tratada, mas alertou para a necessidade de fazer o tratamento, que é possível, para que a criança aprenda e tenha futuramente uma vida melhor.
“Apelo à não exclusão das crianças. As crianças têm que estar na sala de aulas e ter um apoio multidisciplinar, com uma sala de recursos que trabalhe para ajudar o professor a melhorar algum aspecto que exista nas crianças”, pontuou.
Segundo ainda a Inforpress, a especialista alertou para a importância de fazer despiste de patologias de deficiência para ajudar de certa forma no diagnóstico e seguimento de pessoas com patologias neurológicas.
“Aconselho aos pais que procurem ajuda não só de profissionais de saúde e de educação para que as suas crianças sejam incluídas na sociedade”, disse, frisando que muitos dos pacientes são doentes crónicos que precisam de acompanhamento multidisciplinar.
Neste sentido, sublinhou que há que sensibilizar os pais e professores sobre os principais cuidados a se ter com crianças com patologias de deficiência, ao mesmo que recomendou que se mantenham informados sobre as doenças.
Aos professores aconselhou que falem com outros alunos, informando-os igualmente sobre as doenças de foro neurológico, sobretudo se houver alunos nas salas de aula com patologias relacionadas com deficiência para que se evite estigmas e preconceitos, refere a fonte deste jornal.