Governo anuncia acordo com a Moave que faz baixar preço do saco de farinha de trigo
O preço do saco de 50 quilogramas de farinha de trigo da Moave, actualmente vendido a 4.600 escudos, passa para 4.100 escudos e com desconto para a indústria panificadora, com o saco a custar 3.936 escudos. A novidade, com efeitos imediatos, foi avançada no Mindelo pelo ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, na sequência de uma visita à Moave, para, segundo a mesma fonte, finalizar um processo de negociação e de articulação institucional entre alguns departamentos do Governo e a empresa.
“Achamos que chegamos a um preço abordável tendo em conta a conjuntura internacional, com uma escalada de preço a nível mundial, em que todos os países estão a sofrer”, concretizou o ministro, que, no entanto, deu conta de uma “tendência a nível internacional para alguma baixa”, mas que tal ainda “não se verifica na prática”.
Para as famílias, ainda, segundo Gilberto Silva, o novo preço do saco de farinha de trigo para panificação representa “uma vantagem” porque deve fazer baixar o preço do pão carcaça, um produto de base para as famílias, alertando, contudo, que tal não depende da Moave nem do Governo, pois em Cabo Verde o preço do pão não é regulado, mas sim o seu peso.
“Mas com esta medida pensamos haver condições para que não haja uma escalada de preços do pão, uma vantagem, e que haja a livre concorrência a nível da indústria panificadora e que com base na concorrência possamos a ter os melhores preços”, precisou o ministro da Agricultura e Ambiente.
Por isso, continuou, o Governo vai manter-se atento à situação, continuar a analisar e intervir lá onde sempre for necessário para que o País possa assegurar que o sistema alimentar no seu todo seja resiliente e consiga fazer face a este choque internacional.
O ministro enalteceu, por fim, a articulação conseguida entre o Ministério da Agricultura e Ambiente, que coordena a política da segurança alimentar e nutricional de Cabo Verde, o Ministério do Comércio, o Ministério das Finanças e ainda a “boa colaboração” da Moave.
Trata-se, lembrou, de uma empresa que faz parte do sistema alimentar cabo-verdiano na medida em que produz farinha de trigo com base na moagem do trigo em grão importado, a única empresa que faz a importação do trigo a granel.
A Semana com Inforpress