Movimento nos aeroportos de Cabo Verde triplicou para 2,1 milhões de passageiros
Segundo as estatísticas da Agência de Aviação Civil (AAC), que regula o setor em Cabo Verde, os quatro aeroportos internacionais e os três aeródromos do arquipélago registaram no ano de 2022 um movimento total de 2.177.611 passageiros nos voos domésticos e do exterior, um aumento de 162% face aos 830.240 em 2021.
Ainda de acordo com os dados da AAC, os aeroportos e aeródromos cabo-verdianos somaram 25.400 movimentos de aeronaves, face aos 14.284 em 2021.
Apesar do forte crescimento em 2022, o movimento aeroportuário em Cabo Verde continua muito abaixo dos valores anteriores à pandemia de covid-19. Em 2019, ano em que o arquipélago bateu o recorde de turistas, com mais de 819.000, esse movimento foi de 2.771.931 passageiros e 35.202 aeronaves.
O Governo cabo-verdiano assinou em 18 de julho um contrato de concessão do serviço público aeroportuário ao grupo Vinci, envolvendo a gestão por 40 anos dos quatro aeroportos internacionais e três aeródromos, recebendo 80 milhões de euros de renda.
A nova empresa que vai gerir os aeroportos de Cabo Verde é participada em 70% pela Vinci Airports e em 30% pela portuguesa ANA (por sua vez detida totalmente pela Vinci desde 2013).
O movimento total de passageiros nos aeroportos cabo-verdianos já tinha crescido 7% em 2021, face a 2020, resultado melhor do que o inicialmente apontado face às consequências da pandemia.
Em 09 de dezembro, durante o debate sobre “Os transportes e a conectividade entre as ilhas de Cabo Verde”, na Assembleia Nacional, o ministro do Turismo e dos Transportes, Carlos Santos, revelou que Cabo Verde recebeu até novembro cerca de 650 mil turistas, aproximando-se do recorde de 819 mil em 2019, antes da pandemia.
“A recuperação do turismo nos últimos 11 meses, com o registo de 650 mil turistas entrados no país, vem trazer mais procura ao setor [dos transportes], fazendo viabilizar o modelo implementado e fazendo jus àquilo que o modelo prevê. Ou seja, o Estado subsidia no início para mais tarde o setor ganhar autonomia, designadamente no marítimo”, afirmou o ministro.
“O registo de transportes de passageiros em 2022 já augura uma recuperação sustentada, que deverá ter continuidade em 2023”, apontou Carlos Santos.
A Semana com Lusa