Câmara pretende implementar o serviço toponímico até final deste ano com colaboração da ARME - Maio
Segundo avançou o presidente da Câmara Municipal do Maio, Miguel Rosa, já foi criado o comité municipal de toponímia, pelo que almejam até final deste ano implementar todo o sistema toponímico na ilha, em que vão ser reconhecidas figuras individuais e colectivas, bem como instituições maienses que outrora deram os seus contributos para o desenvolvimento da ilha nos diversos sectores.
Conforme aquele autarca, pretendem levar avante este projecto em articulação com a ARME, o que vai permitir a ligação com o código postal de Cabo Verde, fazendo com que as pessoas recebam as suas correspondências nas próprias residências em segurança, realçando que vão contar também com os Correios de Cabo Verde.
Miguel Rosa fez saber ainda que, no quadro deste protocolo, está englobado o arranque da segunda fase do projecto “Maio Digital”, que na primeira fase contemplou as vilas do Barreiro, da Calheta, bem como as localidades de Morro e Morrinho, para além da cidade do Porto Inglês, pelo que na segunda fase as restantes comunidades vão ser contempladas.
Questionado sobre a qualidade da rede móvel e de internet na ilha, Miguel Rosa frisou que isso “está aquém do básico”, salientando que a edilidade está em contacto permanente com as operadoras, no sentido de melhorarem a conectividade e qualidade da rede móvel e de internet, informando que a ARME, também está a trabalhar neste aspecto, com vista a se defender os interesses dos consumidores.
“Uma ilha que se quer turística não pode continuar sem ligação da rede móvel”, enfatizou, precisando que isso implica uma das dimensões da exclusão, neste particular a infoexclusão, que poderá ter implicações em outras dimensões da vida societal, nomeadamente no acesso às informações.
Por seu lado, Tatiane dos Santos, em representação da ARME, fez saber que com o protocolo assinado com a Câmara Municipal do Maio, vai possibilitar a introdução da toponímia da ilha no novo código postal do país que é gerido pela instituição que representa, o que vai permitir as operadoras do código postal fazerem a entrega das encomendas no domicílio do destinatário.
Aquela responsável precisou ainda que este tipo de informação vai permitir também que a Polícia Nacional, os bombeiros, serviços de distribuição de energia, água e entre outras instituições façam os seus trabalhos com mais rapidez e precisão, lembrando que este protocolo tem a vigência de dois anos, e para a sua efectivação as partes devem cumprir alguns requisitos legais.
Tatiane dos Santos fez saber ainda que, no quadro deste protocolo, vai se dar início à segunda fase do projecto “Maio Digital”, um trabalho que vai ser realizado juntamente com os parceiros, tornando a ilha verdadeiramente digital, porém reconheceu que existe problemas com a cobertura de rede móvel e da internet, de acordo com um estudo realizado pela ARME.
Frisou que já estão a encetar negociações junto das operadoras, com vista a se encontrar uma solução para este problema, que considerou ser um dos deveres das operadoras e um direito dos clientes, lembrando que a ARME tem responsabilidade de garantir a qualidade de serviço, e que os consumidores tenham os seus direitos acautelados, mas também acautelar a sustentabilidade das operadoras.