Presidente da UCID descarta possibilidade de qualquer intervenção em relação à denúncia do desvio de 100 milhões de euros
O líder da União Caboverdiana Independente e Democrática (UCID, oposição), que concluiu esta segunda feira uma visita de quatro dias à ilha do Fogo, questionado sobre esta denúncia de uma parlamentar do MpD, na última sessão parlamentar, disse que o seu partido não irá pedir nenhuma intervenção.
É que, no entender de João Santos Luís, às vezes “as pessoas falam sem nenhuma propriedade e não constitui verdade, como já se explicou”, acrescentando que no financiamento do tipo o Governo não vê a cor do dinheiro, que é transferido diretamente para o empreiteiro que está a realizar as obras.
“Consideramos que é uma falsidade por parte de quem proferiu esta mensagem, as pessoas devem acautelar e procurar primeiro a verdade das coisas e depois falar. É por isso que a UCID não fala sem ter a certeza das informações para poder fazer intervenções com propriedade”, referiu João Santos Luís.
Para o mesmo, a UCID desvaloriza por completo e não irá fazer qualquer intervenção cabendo à parlamentar que fez a intervenção responder a quem de direito se o ofendido entender fazer alguma intervenção.
Porém, com relação à habitação social, João Santos Luís referiu que durante a visita à ilha do Fogo constatou que há uma diferenciação negativa em relação ao município de São Filipe, porque, explicou, o Governo atribui todas as casas de classe às câmaras municipais e a Câmara Municipal de São Filipe não atribuiu as casas da classe A do complexo Casa Para Todos, situado no bairro de Fonte Aleixo/Cobom, que estão a degradar-se.
“Não se compreende como é que o Estado de Cabo Verde consegue uma linha de financiamento para construção de habitações e depois as casas são deixadas a degradar-se de forma propositada”, disse o líder da UCID, sublinhando que esta atitude não é boa e o Governo deve arrepiar caminho e atribuir as casas da classe social à Câmara Municipal de São Filipe, como fez com as restantes câmaras municipais para que a população possa aproveitar as casas.
No dizer do mesmo, existe um “handicap” muito grande a nível das habitações e com a atribuição das casas para a gestão da câmara municipal, ela poderá concretizar a construção e disponibilizá-la às pessoas.
A Semana com Inforpress