Trabalhadores da CMP ameaçam levar processo ao tribunal para cumprimento dos acordos
De entre as exigências estão a atualização da grelha salarial atribuída pelo Governo a todos os funcionários do sector público, a progressão da carreira que alastra desde 2014, o cumprimento do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) e os equipamentos de proteção e segurança no trabalho, informou o presidente do Siacsa, Gilberto Lima. Em causa estão também, adiantou o sindicalista, os vários acordos celebrados durante os encontros com a autarquia, mas sem sucesso.
Segundo avançou Gilberto Lima, no último encontro, na passada terça-feira, 21, saíram com um sentimento de “tristeza” e lamentam o facto da CMP ter perdido a oportunidade de liquidar os problemas dos funcionários e “evitado a greve de hoje”.
O mesmo deu a entender que caso as queixas não forem atendidas, vão levar todos os processos contra a autarquia praiense ao tribunal por não resolução dos direitos dos trabalhadores.
“Queremos um presidente com rosto humano”, “Se Praia é para todos, queremos fazer parte”, “Salário justo e digno aos trabalhadores” são algumas das frases proferidas pelos grevistas em frente à autarquia.
O porta-voz do grupo, Carlos Moreno, acusou a CMP de “má gestão” e de ter “abandonado” a classe ao não disponibilizar o fardamento e os subsídios prometidos à equipa.
Além disso, avançou que o edil vem acusando os trabalhadores de roubo de combustíveis e equipamentos, e assegurou que, à semelhança dos demais setores como Bombeiros e os agentes da Guarda Municipal, “têm dado um contributo importante para a Cidade da Praia”.
Segundo recordou José Tavares, um outro funcionário da área do saneamento, presta serviço à CMP desde 1987, e em 1998 começou a trabalhar como condutor de veículos pesados.
Desde então, conforme relatou, hoje com 36 anos de carreira e próximo da reforma ganha um salário de 23 mil escudos, por isso, pede a aprovação do PCCS para que haja melhoria salarial aos trabalhadores.
A Semana com Inforpress