Polémica com a entrevista de Paulino Vieira sobre sucesso de Cesária Évora: César Monteiro responde « post leviano» de Agostinho Santos e rebate que a

Num post que acaba de publicar na sua página de Facebook, o sociólogo e investigador César Monteiro reage ao que apelidou « spot leviano» de Agostinho Santos, a propósito da entrevista que concedeu à Rádio Nacional em que analisou as entrevistas que o músico Paulino Vieira deu à Lusa sobre a internacionalização da morna com o sucesso da Cesária Évora. «Longe de pretender manchar Paulino Vieira, tal como Agostinho Santos me acusa no seu leviano ´post´, nutro respeito e admiração por um dos maiores músicos de Cabo Verde de todos os tempos, se bem que eu não alinhe nem pactue, de forma nenhuma, com determinadas afirmações públicas do Maestro extremamente contundentes, às vezes retrógradas, e polémicas, que tem vindo a fazer nos últimos anos sobre a música cabo-verdiana, em geral, e, particularmente, sobre conflitos mal resolvidos, que se arrastam desde 1995, hoje numa espécie de ajuste de contas entre dois grandes protagonistas da internacionalização da nossa música». Contrariando o mestre Paulino Vieira, Monteiro advogada que a música de Cabo Verde «não está condenada» ao extermínio. «Na minha perspetiva, a música (cabo-veridana) não está condenada ao extermínio como o próprio Paulino erradamente afirma, em decorrência do ´sucesso da Cesária´, que o próprio compositor e multinstrumentista tem tido dificuldades em digerir publicamente, por paradoxo que pareça. (Veja-se entrevista de Paulino Vieira concedida a Lusa, Lisboa, fevereiro de 2023). Permita-me discordar. Se assim for, é preciso que o Mestre o explique, de forma clara, pedagógica e científica, à sociedade cabo-verdiana para que apreenda a dimensão do fenómeno e tenha a consciência do perigo», defende César Monteiro, no post que publicamos a seguir.

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