MpD desafia PAICV a denunciar em instâncias próprias eventual uso indevido de recursos do Estado em campanha interna

Em conferência de imprensa para reagir às declarações do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-oposição), de como o MpD tem usado o “sector social como escudo para tentar lançar suspeições e fazer intrigas à volta das eleições internas no MpD”, a secretária-geral adjunta, Vanuza Barbosa, descartou esta possibilidade indicando que este é um “modus operandi” daquele partido.

“Na improvável eventualidade de haver recursos do Estado a serem usados indevidamente, desafiamos quem quer que seja, inclusive o PAICV, a fazer a denúncia, devidamente documentada, junto das instâncias próprias e não ficar apenas no campo das suspeições, das intrigas e do dividir para reinar”, disse Vanuza Barbosa, sublinhando que o processo das eleições internas está a decorrer de forma “tranquila” e respeitando todas as regras do jogo.

Em relação à situação socioeconómica das famílias cabo-verdianas, no dizer da secretária-geral adjunta do MpD, parece que o PAICV descobriu agora que o mundo tem passado por sucessivas crises e no caso de Cabo Verde agravada por sucessivos anos de seca severa, provocando em todo o mudo um aumento no número de pobres.

Para a mesma fonte, nos quase 48 anos de independência do país, o Governo suportado pelo MpD é o com o maior pilar social de que alguma vez Cabo Verde conheceu, observando que no Orçamento de Estado para 2023 representa 43,5 por cento (%) do seu total com 34 milhões de contos em termos absolutos o que equivale a 14,8% do produto Interno Bruto (PIB) nacional.

“O pilar social, de 2015 a 2023, teve um aumento exponencial, na ordem dos 110%, isto faz prova que o PAICV, enquanto partido que governou Cabo Verde durante 15 anos, esqueceu-se de que havia pessoas que viviam em dificuldades e na pobreza extrema”, disse a secretária-geral adjunta, apontando os vários instrumentos focalizados nas políticas sociais como Cadastro Social Único, Rendimento Social de Inclusão, Pensão Social, Inclusão produtora.

Para Vanuza Barbosa, são “medidas assertivas” que têm tido um impacto directo nas famílias cabo-verdianas, tendo apontado números para dar continuidade aos diversos instrumentos que constam do Orçamento Geral do Estado para 2023, na perspectiva do “ambicioso desafio” assumido de erradicar a pobreza extrema até 2026.

Vanuza Barbosa entende que o PAICV, numa comunicação com uma mão cheia de nada, pretende descredibilizar a governação do MpD com um discurso recorrente, destacando que o caminho e as medidas de políticas para a protecção das famílias cabo-verdianas estão desenhados e em curso, reconhecendo que ainda há um percurso pela frente que exige de todos um engajamento para que ninguém fique para trás.

“Cabo Verde precisava de um governo solidário e, em 2016, elegeu-o. Em 2021, reconfirmou nas urnas a sua confiança neste governo solidário e humano para continuar a conduzir os destinos deste país”, disse a secretária-geral adjunta do MpD, indicando que apesar do contexto de intempéries a determinação é “grande” em fazer mais e melhor.

A Semana com Inforpress

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