Brava conta com cinco crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro do Autismo

Edoneia Tavares falava à Inforpress no âmbito de uma actividade realizada para assinalar o Dia Mundial do Autismo, celebrado no dia 02, com o intuito de conscientizar e alertar a sociedade sobre o autismo e como lidar com ele.

Segundo a mesma fonte, o diagnóstico de uma criança autista é feito por uma equipa multidisciplinar, constituída por pediatra, neurologista, fonoaudiólogo, psiquiatra e psicólogo, e, na Brava, há cinco crianças com este diagnóstico fechado.

Entretanto, evidenciou que há outras que ainda são suspeitas, justificando que estas ainda não passaram pela avaliação desta equipa.

Questionado se há algum tratamento para essas crianças, disse que não tem cura, mas explicou que há tratamento e que quando são diagnosticadas com o TEA têm de fazer terapia comportamental, uma vez que o comportamento dessas crianças oscila com o tempo e esse tratamento é feito com terapia.

Sobre a actividade realizada, realçou que foi para assinalar a data, com o objectivo de informar as pessoas sobre o que é o autismo e consciencializar as pessoas a terem menos preconceitos e mais respeito para as crianças autistas.

Segundo esta responsável, muitas pessoas não sabem o que é o autismo, que consideram um distúrbio mental, ao passo que na realidade é uma condição que uma criança tem.

“Autismo é um transtorno de desenvolvimento onde as crianças não conseguem socializar com as outras, não possuem contacto visual, não interagem, não conseguem encarar as pessoas porque possuem dificuldades na parte do comportamento”, indicou.

E, para falar de forma mais abrangente sobre todos os conceitos que englobam o autismo, Edoneia Teixeira informou que serão feitas algumas palestras ao longo do mês, nomeadamente para dar a conhecer às pessoas sobre o diagnóstico e tratamento, entre outros aspectos.

Sobre os sinais que são tidos como alerta para sinalizar e iniciar o processo de diagnóstico de uma criança, sustentou que, segundo estudos, os sinais do autismo são apresentados desde muito cedo, no momento em que a criança não consegue encarar a mãe no acto de amamentação, entre outros.

Dos participantes, Loide Monteiro, mãe de uma criança autista, enalteceu e elogiou esta iniciativa, sublinhando que esta é a primeira vez que viu alguma actividade do tipo na Brava e ver o seu filho a brincar com outras crianças “não há comparação”,

Igualmente, destacou que é uma forma de alertar a sociedade sobre a importância de incluir as crianças especiais nas actividades.

Sobre a sociedade bravense e o comportamento perante as crianças autistas, ou com outras necessidades educativas especiais, avançou que a sociedade bravense “possuiu uma mentalidade muito fechada”, defendendo que é preciso mudar o comportamento quando se depara com essas crianças, pois são crianças como outra qualquer.

A Semana com Inforpress

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