Trabalhadores impedidos de entrar no local de trabalho denunciam falta de condições para exercício das suas funções
Segundo uma das afetadas Cátia Silva, ela e alguns colegas foram informados no dia 28 que iriam trabalhar até o dia 31 de março último, sem explicações do porquê da tomada desta medida.
Esta trabalhadora salientou que contaram um advogado que lhes informou que esta situação não era juridicamente correta e que continuassem a trabalhar. Mas, segundo denunciou Cátia, esta segunda-feira foram impedidos de entrarem no local de trabalho, onde foram informados que o tempo de estágio tinha chegado ao fim. Porém, conforme a mesma, eles não eram estagiários, mas sim contratados.
Já o porta-voz destes trabalhadores, Gerson Neves, explicou que, em plena pandemia, foram contratadas dois grupos de trabalhadores de uma outra empresa que prestava serviços à ASA.
Fundamentou que, depois de dois anos, o primeiro grupo de cinco pessoas solicitou uma reunião para pedir o mínimo de regalias que são oferecidas aos que trabalham nesta instituição, nomeadamente o seguro. «Um pedido que foi rejeitado pela ASA», disse, acrescentando que por isso os trabalhadores foram informados que só prestariam serviços durante o mês em que se encontravam.
Gerson ressaltou que os colaboradores se sentiram ameaçados e afetados psicologicamente com esta medida alegadamente arbitrária e ilegal. «Dai então que o segundo grupo começou a exercer as funções do primeiro, mas hoje (10/04) os integrantes foram impedidos de aceder ao espaço de trabalho.
Aflitos, denunciam que durante o período em que estiveram na ASA careciam das condições de trabalho previstas na lei, prestando serviços inclusive em dias feriados. Gerson Neves acrescentou que eles não possuíam também uniformes e nem bebedouros.
Perante toda esta situação, este jornal ouviu o presidente do Sindicato dos Transportes, Telecomunicações, Hotelaria e Turismo (SITTHUR), Amílcar Neves, que informou que este sindicato pretende primeiro se inteirar melhorar do ocorrido e posteriormente manifestar a sua posição sobre as reivindicações em causa dos trabalhadores referidos.