Cabo Verde recebe 1.ª reunião ministerial de Zopacas depois de uma década

A VIII reunião ministerial da organização vai realizar-se em 18 de abril, no Centro Oceanográfico do Mindelo, ilha de São Vicente, de acordo com informação do Governo de Cabo Verde divulgada esta quinta-feira, por reuniões preparatórias ao nível das representações permanentes em Nova Iorque e de altos representantes ou pontos focais.

A VII reunião ministerial (Negócios Estrangeiros ou Relações Exteriores) dos Estados-membros desta organização realizou-se em Montevidéu (Uruguai) de 14 a 16 de janeiro de 2013.

Em dezembro de 2019, o então ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, afirmou, na Praia, que o Governo brasileiro pretendia "reavivar" a Zopacas, criada em 1986 por resolução das Nações Unidas, envolvendo 24 países africanos e sul-americanos e cuja sede fica em Brasília.

"Queremos reavivá-la, como o núcleo em que se possa discutir formas de combater a criminalidade neste corredor do Atlântico", disse o então chefe da diplomacia brasileira, na Presidência de Jair Bolsonaro.

Além daqueles dois países de língua portuguesa, são signatários da Zopacas também Angola, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial (todos membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa).

Integram igualmente a organização a África do Sul, Benin, Camarões, Costa do Marfim, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Libéria, Namíbia, Nigéria, República do Congo, República Democrática do Congo, Senegal, Serra Leoa e Togo (África), bem como a Argentina e o Uruguai (América do Sul).

Segundo a diplomacia do Brasil, a Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul foi criada por resolução das Nações Unidas em 1986, com o objetivo de evitar a introdução de armamentos nucleares e outros de destruição em massa na região, bem como, por meio do multilateralismo, aproveitar todo o potencial socioeconómico do corredor atlântico.

A Semana com Lusa

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