Cabo Verde financia grupos de tabanca da capital com 5.400 euros
De acordo com informação do Governo, este financiamento, a rubricar hoje, durante a visita do ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, aos grupos Tabanca de Achada Grande, Tabanca da Várzea e Tabanca de Achada Santo António, todos na capital, destina-se a atividades culturais recreativas, lúdicas e pedagógicas, reabilitação de capelas, aquisição de instrumentos musicais e confeções de indumentárias.
A tabanca é um género musical e uma manifestação cultural típica de Cabo Verde caracterizada por um canto e resposta, entre a cantora principal e os restantes, que repetem em uníssono, ao som de tambores, apitos e búzios, entre outros instrumentos.
O Instituto do Património Cultural (IPC) de Cabo Verde anunciou em junho passado que pretende candidatar este ano, a património imaterial da humanidade da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), aquele género musical.
“A candidatura da tabanca a património da humanidade está prevista para 2023”, anunciou o IPC.
Devido à crise económica provocada pela pandemia de covid-19 em 2020, o Governo cabo-verdiano anunciou no final daquele ano cortes em vários projetos públicos, nomeadamente cinco candidaturas à UNESCO, casos do ex-Campo de Concentração do Tarrafal, ilha de Santiago, da vila de Nova Sintra (ilha Brava) e da cidade de São Filipe (ilha do Fogo), as três a património da humanidade.
Ficaram igualmente suspensos até agora os projetos de candidatura da tabanca (género musical) e das Festas de São João (que se realizam em vários pontos do arquipélago) a Património Imaterial Cultural da Humanidade, também da UNESCO.
Este recuo surgiu após a morna, género musical típico de Cabo Verde, ter então completado o primeiro aniversário da proclamação como Património Imaterial Cultural da Humanidade pela UNESCO (11 de dezembro de 2019).
Há cerca de 13 anos, a Cidade Velha, na ilha de Santiago, tinha já sido elevada a património mundial da UNESCO.
A Semana com Lusa