Contrato de exploração da cimenteira assinado esta quarta-feira com Cimpor
A informação foi avançada à Inforpress pelo presidente da Câmara Municipal do Porto Novo, Aníbal Fonseca, que informou que o contrato vai ser assinado entre o director-geral do Património do Estado e um representante do grupo Cimpor.
Em Março, durante uma visita a Santo Antão, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, anunciou a escolha da Cimpor como “parceiro estratégico” do Governo para a retoma da indústria das pozolanas no concelho do Porto Novo.
“Vamos assinar contrato com a Cimpor para a exploração das pozolanas e criação de mais de 100 empregos directos e vários indirectos”, disse, na altura, o chefe do Governo, assegurando que esta indústria será relançada “com força”, por se tratar de “uma actividade muito importante para a criação de empregos” em Santo Antão.
A indústria de pozolanas em Santo Antão está paralisada desde 2013, altura em que o grupo de investidores italianos, que vinha explorando a cimenteira desde 2005, decidiu encerrar a unidade de produção por alegadas dificuldades de mercado.
O edil do Porto Novo disse acreditar que foi a escolha do “melhor parceiro”, que “terá em conta a transformação das pozolanas em cimento pozolânico na própria ilha de Santo Antão com valor acrescentado”.
A Cimpor já tinha, nos anos 90, manifestado interesse na exploração das pozolanas em Santo Antão, tendo na altura elaborado, conjuntamente com a outra empresa portuguesa Secil, um estudo que confirmava a qualidade deste recurso natural.
As jazidas de pozolanas concentram-se sobretudo nas proximidades da cidade do Porto Novo (Brejo, Fundão, Ribeira Fria e Gamboesa), cujas reservas estimam-se em dez milhões de toneladas. A Semana com Inforpress