Fundação Maio Biodiversidade cria primeiro viveiro de plantas autóctones das dunas de Morrinho

O coordenador dos vigilantes da natureza Jairson da Veiga informou hoje que a Fundação Maio Biodiversidade já conclui os trabalhos da criação do primeiro viveiro de plantas autóctones existentes nas dunas da localidade de Morrinho.

Segundo a mesma fonte, a escolha recaiu sobre as dunas existente no parque natural norte do Maio, com intuito de devolver àquele espaço algumas plantas e árvores, como tarrafes, que ao longo dos anos vem sendo abatidos por pessoas que praticam agricultura naquele sítio.


Aquele responsável precisou que o objetivo da criação do viveiro é o de reforçar a disponibilidade de plantas autóctones, com vista a substitui-los pelas plantas invasoras, como as acácias, que constituem uma da ameaça à vegetação original e a agricultura.


“Queremos aumentar as plantas nas dunas de Morrinho, visto que ali também existe uma certa quantidade animal que comem estas plantas, principalmente quando chove”, precisou, acrescentando que durante os trabalhos fez-se, igualmente, o abate de algumas árvores invasoras como acácia americana, que é considerada também pelos agricultores como uma “ameaça a agricultura”.


Jairson Veiga indicou que a acácia americana absorve a pouca quantidade de água doce existente no lençol freático ali existente, o que contribui para fragilizar o ecossistema dunar, pelo que, em parceria com a Delegação do Ministério da Agricultura e Ambiente, procedem a cortes controladas daquelas arvores, que são oferecidas às pessoas que praticam agricultura de sequeiro nas dunas.


“Paralelamente a criação do viveiro, os vigilantes da natureza fizeram também a reabilitação de alguns poços antigos que existem nas dunas e que eram utilizados pelos criadores para dar de beber aos seus animais, mas que até então funcionam como tipo de socorro aos criadores, quando houver algum problema de abastecimento de água na localidade de Morrinho”, contou.


Jairson da Veiga informou ainda que esses trabalhos estão enquadrados no plano de gestão do complexo das áreas protegidas, concretamente no controlo e erradicação das espécies invasoras, bem como no restauro das áreas degradas no parque natural norte da ilha do Maio.


Conta com o financiamento do “Critical Ecosystem Partnership Fund” e da União Europeia, através do projecto Maio20/25.



Inforpress


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