MpD considera que o Governo implementou o “maior estado social da história” do país nos dois últimos anos
Em conferência de imprensa, realizada esta tarde, o secretário-geral do Movimento para Democracia (MpD, sustenta o poder), reafirmou o compromisso com Cabo Verde, visando duplicar o rendimento per capita dos cabo-verdianos numa década, eliminar a pobreza extrema e manter o desemprego abaixo de um dígito.
Luís Carlos Silva destacou a “relação de confiança estabelecida com o povo, graças à capacidade de trabalho demonstrada, na competência e seriedade”, com que foi enfrentado os desafios.
Referiu que esta convicção foi traduzida “no voto de confiança da maioria absoluta dos cabo-verdianos”, porquanto, disse, “tem-se dedicado ao fortalecimento dessa confiança com a implementação de uma série de medidas e políticas que “permitiram a superação das dificuldades enfrentadas e a recuperação económica”.
“Os equilíbrios económicos foram restaurados, o défice está em redução, bem como o desemprego e a pobreza. Além disso, as nossas reservas externas estão aumentando e testemunhamos uma retomada expressiva do turismo”, especificou.
Estes resultados, sublinhou Luís Carlos Silva, não só protegem o país da exposição à dívida, mas também proporcionaram ao arquipélago uma maior capacidade de intervenção social e investimentos públicos.
Nesta perpectiva, o secretário-geral do MpD defendeu que para se fazer face à crise, o país teve que aliviar na sua disciplina fiscal e aumentar o endividamento público para perto de 150 por cento (%), para poder mitigar os efeitos da crise e criar um programa de investimento social, “o maior alguma vez implementado em Cabo Verde”, para proteger os cabo-verdianos.
“Investiu-se 12% do Orçamento do Estado no estado social. Foi preciso um esforço adicional, foi preciso aumentar a dívida pública, mas agora estamos a recuperar e neste momento a dívida pública está a beirar os 120%, o desemprego está a diminuir, a pobreza a diminuir e temos uma economia a crescer a números excepcionais”, explicitou.
Ainda assim, admitiu este dirigente que, apesar de os resultados serem muito positivos, poderia conseguir ainda mais, ressaltando, entretanto, que o Governo se tem demonstrado consistente e determinado.
“Com a resolução do problema da conectividade interna e externa, com a redução do risco fiscal e os custos que o Sector Empresarial do Estado representa, com mais investimentos no sector digital e com a aceleração da transição para fontes de energia renovável e a diversificação de nossa economia, continuaremos este ciclo de crescimento e o podemos acelerar ainda mais”, precisou. A Semana com Inforpress