PR diz que Cabo Verde só será competitivo se forem resolvidos os problemas dos transportes entre as ilhas
Segundo a Inforpress, a inquietação do chefe de Estado foi manifestada durante a inauguração da nova instalação da empresa Morabeza Fresh e unidade fabril de transformação de produtos e legumes para a venda, na Achada Grande Frente, na cidade da Praia.
“Cabo Verde só será um país competitivo se do ponto de vista dos transportes entre as diferentes ilhas conseguirmos ultrapassar as dificuldades e os problemas que ainda existem. Cabo Verde é um território segmentado por dez ilhas dispersas, e o factor transporte é a chave para o desenvolvimento do país”, afirmou.
Nesta linha, lembrou que a problemática dos transportes marítimos é uma área sensível que restringe o processo de crescimento do país, considerando que o Governo está consciente desses constrangimentos que ainda existem e que é preciso agir, no sentido de os ultrapassar, para que as empresas possam crescer e se afirmar.
Quanto à inauguração do espaço e da unidade fabril, José Maria Neves achou “muito bom” para a economia cabo-verdiana ver as empresas que estão a investir nos sectores sensíveis para o abastecimento do mercado.
“É muito importante que haja condições para que a sociedade, particularmente as empresas, consigam assumir esse protagonismo fazendo investimento criando empregos e abrindo possibilidade para o crescimento económico do país”, elucidou.
Já o gerente do espaço, Oseias Marques, afirmou, prossegue a mesma fonte, que esta nova unidade fabril, um investimento de cerca de 100 mil contos, vai servir melhor os produtos e serviços ao mercado cabo-verdiano, cobrindo o mercado do país com produtos que não há produção em Cabo Verde.
“Esta unidade é composta por três câmaras de frio que albergam frutas, legumes e carnes congeladas. Dos produtos nacionais que vendemos são as papaias e bananas”, informou, avançando que o mercado dos produtos em Cabo Verde está “bem segmentado e bem distribuído”.
Este responsável enumerou no entanto, alguns desafios que ainda existem neste país, designadamente, os transportes inter-ilhas, sublinhando que “não é fácil”.
“Temos um outro armazém, na ilha do Sal, e, na maioria das vezes, não conseguimos enviar frutas nacionais, como papaia e banana para abastecer os hotéis e restaurantes por causa dos transportes marítimos”, lamentou.
Oseias Marques fez saber que a empresa opera em Cabo Verde desde 2019. Começou com apenas seis funcionários e agora são 23, sendo que a espectativa é alcançar os 30 funcionários, conclui a Inforpress.