Responsável comunitária apela “djunta-môn” para combater problemas de drogas e de VBG
Eloisa Tomar, que falava à imprensa, após um grupo de crianças do bairro de Achadinha Baixo visitarem o Palácio da Presidência da República, no âmbito do Dia da Criança Africana, celebrado a 16 de Junho, realçou que neste momento muitas crianças estão vulneráveis e até outras em situações gravosas”.
Neste sentido, apelou ao “Djunta môn” dos pais, famílias, igrejas, escolas e toda a comunidade, no sentido de trabalharem em conjunto para se encontrar o melhor caminho e soluções para combater esse flagelo que tem estado a aconteceu no bairro de Achadinha, mas também um pouco por todo o país.
Segundo a responsável, enquanto agente social e cidadão, toda a comunidade local tem a responsabilidade de trabalhar e promover acções para melhorar o bairro e combater esses males sociais como problemas de drogas, violência e VBG, situações essas que têm “preocupado” a associação e não só.
Em relação aos perigos das redes sociais, em que muitas crianças estão vulneráveis, Eloisa Tomar adiantou que a associação tem apostado na sensibilização, chamando os pais e encarregados de educação, a família, escola e igreja, no sentido de fazerem parte desse processo.
Em relação à visita, avançou que as crianças das diferentes nacionalidades residentes no bairro tiveram a oportunidade de conhecer um órgão de Soberania, um pouco mais sobre Cabo Verde porque trouxeram crianças de várias nacionalidades e de pais emigrantes de países de África para conhecerem também um pouco mais sobre o país que lhes acolheu, onde estão inseridos na comunidade.
Durante o encontro, o Presidente da República, José Maria Neves, aproveitou o momento para testar o conhecimento dessas crianças sobre os seus direitos, deveres, mas também sobre o meio ambiente.
Na ocasião, o chefe de Estado reconheceu que neste momento existem ainda situações que continuam a afectar muitas crianças, tendo sublinhando que a nível do contexto africano há ainda a problemática da violência, das guerras e das migrações e em Cabo Verde continuam a ter casos e violência sexual contra menores.
“É fundamental trabalharmos para não só ter permanentemente essa questão na agenda, mas também mobilizar toda sociedade cabo-verdiana para eliminarmos de vez este mal social que temos no país, e aqui a responsabilidade é de todos, particularmente, das famílias, da sociedade civil, das ONG, igrejas, escolas, para debelar esse mal que existe ainda em Cabo Verde”, apontou.
A Semana com Inforpress