Comunidade muçulmana celebra “Festa de Tabaski” com mensagens de paz e solidariedade para todos

Segundo Ibraima Seidi, que é também porta voz desta associação, a Festa de Tabaski, também conhecida pela Festa do Sacrifício do Carneiro, é considerada a “maior festa” da cultura islâmica em todo o mundo, por isso, considera que este é um dia “muito importante” para os muçulmanos que seguem a tradição do profeta patriarcal das três religiões: judaísmo, islamismo e cristianismo.

“É o dia em que o profeta Abraão foi testado por Deus, que lhe ordenou e ele viu no sonho que degolava o seu filho como sacrifício da celebração, então ele queria colocar isto em prática e Deus substituiu o seu filho com um carneiro para sacrificar no dia 02”, elucidou.

“Isso passa a ser a tradição dos muçulmanos seguindo aquela tradição que Deus salvou a vida do Ismael em troca de um carneiro que o seu pai (profeta Abraão) sacrificou neste dia, isto representa um dia muito grande para nós, pois é um dia de alegria e paz e queremos desejar a todos os muçulmanos e cabo-verdianos muitas felicidades”, disse.

Para além da celebração, os muçulmanos sacrificam também um carneiro, uma vaca ou um camelo, dependendo da possibilidade de cada um para festejar este dia.

Pelo papel que ele simboliza como um homem do Estado, o Presidente da República, José Maria Neves, que presidiu à cerimónia de abertura desta celebração, disse que esta comunidade representa um símbolo de união e que devem sentir-se bem acolhidos e representados em Cabo Verde, contando assim com todo o apoio do Chefe do Estado.

“Estou aqui para simbolizar toda a comunidade nacional e de todos os que vivem em Cabo Verde, mas também para apelar à paz, à amizade, à tolerância, ao respeito e ao crescimento espiritual de Cabo Verde. Se todos aqui trabalharmos para uma educação cívica dos cidadãos, para que haja tolerância, respeito mútuo, diálogo e paz, com certeza que o País crescerá também espiritualmente e será muito bom para todos”, avançou.

De realçar que a cerimónia conhecida como a Festa do Carneiro, sucede à realização do Hadje, a tradicional peregrinação dos muçulmanos a Meca e é considerada uma das festividades mais tradicionais da cultura muçulmana ou seja o maior do calendário religioso do Islamismo.

A sua comemoração, segundo Neka Thian, se dá a partir do 10º dia referente ao mês Dhu al-Hijjah, que finda o calendário islâmico (Dhul Hijjah), tem a duração de quatro dias é comemorada pelo povo muçulmano em várias regiões do mundo, em sinal de homenagem ao sacrifício de Ismael, filho do profeta Ibrahim, seguindo a vontade de Alá.

A Grande Festa é realizada após os 70 dias do Ramadão, interligando-se ao Hajj e ao Eid al–Fitr, celebração muçulmana que marca o fim do jejum do Ramadão.

A cerimónia de celebração aconteceu esta manhã, no Polivalente do Bairro Craveiro Lopes, na Cidade da Praia, e vai terminar este sábado, 01 de Julho.

A Semana com Inforpress

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