Criação de pólo universidade é uma decisão exclusiva do colégio reitoral da Universidade de Cabo Verde

O presidente em exercício da Associação dos Municípios do Fogo e da Brava e presidente da câmara de São Filipe, Nuías Silva, convocou a imprensa para reagir àquilo que considerou ser “um verdadeiro círculo montado pelo palhaço de serviço do Movimento para a Democracia (MpD) no Fogo, Filipe Santos”, para tentar “enganar os sanfilipenses sobre a questão da expansão do ensino superior”.

“Em toda a história de São Filipe e do Fogo, o deputado Filipe Santos tem sido alvo de gozo e não se coíbe de fazer este serviço, trazendo para a praça pública questões que são não questões”, disse Nuías Silva.

O autarca do PAICV sublinhou que Filipe Santos tenta colocar em causa um diálogo institucional profícuo e uma relação saudável que existe entre o governo e a câmara, através de introdução de ruídos no círculo de comunicação para que haja algum tipo de conflito institucional entre o Executivo e a edilidade.

Nuías Silva avançou ainda que o deputado está a perder o seu tempo porque a câmara foi eleita para dirigir superiormente os destinos do município e que uma das suas principais funções é tentar manter relações saudáveis com todas as instituições da república, mormente o governo, para materializar aquilo que são as promessas e as grandes opções do plano de desenvolvimento de São Filipe.

O edil exortou o deputado e presidente da Comissão Politica Regional do MpD a enveredar por outro caminho, porque, explicou, não irá tirar da autarquia de São Filipe nenhum tipo de animosidade com o governo que, segundo o mesmo, é um parceiro institucional, independentemente de criticar para defender os superiores interesses do município.

“Ao invés de fazer papel teatral e de círculo devia estar ao serviço de São Filipe, defender as causas e congratular com toda a dinâmica que a câmara está a desenvolver-se em matéria de cumprimento das promessas e de cooperação com as instituições, mobilizando recursos para o desenvolvimento do município”, referiu Nuías Silva.

O edil de São Filipe lembrou que em relação ao ensino superior a câmara actual prometeu que faria todos os esforços para dialogar com todas as universidades, instituições e com o governo para a criação das condições logísticas e efectivas para sua instalação.

Este apontou como provas a sua “acutilância” junto do governo e Uni-CV, persuadindo-os para a criação do polo de ensino superior, sublinhando que quando assumiu a autarquia mobilizou parcerias com assinatura de um protocolo tripartido para se criar as condições para que a universidade pudesse tomar a decisão de expandir para a região.

Acrescentou que a recente assinatura de uma adenda ao protocolo é para objetivar o que cada umas das partes irão fazer neste sentido.

“Cabe ao governo e às câmaras da região criarem as condições objetivas para a sustentabilidade da decisão da Uni-CV de expandir o ensino superior”, advogou Nuías Silva, que, em nome da associação, congratulou-se com a “decisão sábia da Uni-CV, com a decisão do governo de poder associar num protocolo tripartido com as câmaras para junto criar as condições logísticas e financeiras para sustentabilidade da decisão”.

Para o mesmo, não se deve partidarizar e nem politizar aquilo que é bom para a região, observando que “o mais importante não é quem está a trazer, mas que venha”.

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