Jovens cabo-verdianos têm “presença activa” na diáspora francesa – Associação Nostalgia de Cabo Verde

Em entrevista à Inforpress, disse que os jovens, a fim de ter uma função activa na comunidade, buscam realizar encontros e promover projectos sociais, embora as inúmeras dificuldades que enfrentam ao escolher as universidades fora do País para completar os estudos.

Segundo explicou, a associação, que existe desde Maio de 2005, surgiu da necessidade de justamente atender às necessidades dos estudantes em preencher os documentos, sendo o principal objetivo a facilitação e integração plena dos cabo-verdianos.

Wilson da Graça realçou que já conhecia o funcionamento das instituições e resolveu juntar os demais e criar uma organização como forma de acompanhar e solucionar os problemas da comunidade.

Com o tempo e originando outros pontos focais que exigiam a intervenção da associação, sublinhou que passaram a desenvolver projectos como remodelação de escolas, parcerias com outras associações, envio de materiais escolares para as famílias na ilha de Santiago e Santo Antão, fomento de torneio desportivos e envio também de equipamentos informáticos.

“Actualmente temos o projecto denominado ‘Croyez em Vous’ (Acredite em você, em português) que trabalha a reinserção não só dos jovens na França, mas das pessoas que vieram e deixaram outras prioridades para buscar o emprego” proferiu, frisando que incentivam a concluir o processo e voltar à universidade.

O mesmo alertou que por ser uma realidade diferente de Portugal que acolhe o maior número de estudantes, ainda é difícil identificar os descendentes de cabo-verdianos, resultando em dificuldades acrescidas para compreender as suas reais vontades.

Nessa linha, vão realizando intercâmbios entre as instituições académicas como meio de chegar ao maior número de pessoas possíveis.

Wilson da Graça adiantou ainda que uma batalha que vem sendo travada pela associação é o reconhecimento do diploma das universidades de Cabo Verde em França, e, por isso, promoveram na sexta feira, 25, a primeira edição do projecto “Taxi di Futuro” (Chave do Futuro, em português) como objetivo de estabelecer a ligação e reduzir a perda massiva dos jovens para emigração.

“O povo cabo-verdiano é uma minoria em Paris e há localidades com 120 nacionalidades como o Saint Denis, queremos o reconhecimento do diploma na diáspora” disse, apelando aos jovens a acreditarem nos sonhos e não desistirem dos objectivos.

A Semana com Inforpress

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