Ilian Leitão, um jovem multifacetado que divide o seu tempo entre o talento para as artes e o desporto

Ilian Leitão, mais conhecido por “Subinha SG”, é um jovem artesão, natural da Boa Vista, que transforma pedaços de arames e madeiras em obras de arte decorativas.

A dedicação e a qualidade do seu trabalho já lhe renderam dois prémios: “Artista revelação” e “Segunda peça mais linda confeccionada”, numa feira promovida pela Câmara Municipal da Boa Vista, por ocasião das festividades do município e de Santa Isabel, no passado mês de Julho.

Como disse ao A NAÇÃO, é o primeiro artesão da família. “Entrei na arte por curiosidade. Antes fazia brincos e colares que eram consumidos mais por turistas, mas, depois, veio a ideia de praticar de uma outra forma. E assim nasceram estas peças feitas praticamente de arame e pedaços de madeira”.

Representar a ilha

Os trabalhos de Ilian, que vão desde barcos a botes, peixes e tartarugas, pescadores e surfistas e carros, entre outras peças decorativas, representam a cultura de Cabo Verde, em particular, da Ilha das Dunas, da pequena comunidade piscatória de Bom Sossego, de onde é natural.

“Cresci à beira mar. Inclusive, o meu sonho era ser surfista profissional, uma área que também está presente na minha vida mesmo não sendo da forma em que sonhei”, conta o jovem que além de artesão, dá aulas de natação para crianças, é nadador-salvador e surfista nas horas vagas.

Tendo frequentado os estudos até o 7º ano de escolaridade, Ilian, de 25 anos, quer apostar profissionalmente no seu talento, tanto artístico como desportivo.

Recentemente, na semana da juventude, participou da exposição “Bu talento, bu criatividade”, organizada pela Câmara Municipal da Boa Vista, uma forma de dar a conhecer ao público, as suas peças.

“A exposição correu bem e o feedback do público foi muito positivo. As pessoas falam muito bem do meu trabalho e isso só me incentiva a querer fazer cada vez mais e melhor”, diz.

Além dos boavistenses, Ilian gostaria que seu trabalho fosse também apreciado em outros cantos de Cabo Verde, e, porque não, além fronteiras.  Por agora, o sonho é abrir o seu próprio ateliê para criar e expor as suas peças.