Acrides aponta reforço das acções de capacitação das crianças como “prioridade das prioridades” em 2024
A presidente da Associação Crianças Desfavorecidas (Acrides) fez estas declarações à Inforpress, quando fazia o balanço das actividades desenvolvidas em 2023 e as perspectivas para o ano 2024, que ora se inicia.
“O nosso balanço, em termos de perspectivas e o que prevíamos no nosso plano de acção, satisfaz-nos. Foi possível, durante o mês de Agosto, formarmos as nossas crianças sobre a temática dos direitos das crianças e os direitos humanos. Em termos de parcerias, foi muito boa a articulação feita com a Comissão Nacional para os Direitos Humanos e Cidadania, com o ICCA e as escolas, que participaram imenso”, adiantou.
Lourença Tavares reiterou que a Acrides gostaria de ver concretizada a iniciativa do Governo em subsidiar as associações para que possam ter mais êxito na realização das actividades visando proporcionar mais qualidade de vida às crianças e famílias e ter capacidade financeira para melhor remunerar os profissionais.
“Ter projectos, financiamentos para a funcionalidade da organização, financiamentos no que tange a projectos que se tem para implementar a fim de se ver na íntegra os resultados das acções que se pretendem”, acrescentou.
A presidente da Acrides reconheceu o apoio que o executivo tem dado às associações e organizações da sociedade civil frisando, no entanto, que o subsídio disponibilizado não é suficiente para o cumprimento dos objectivos das mesmas e atingir melhores resultados.
Apontou as acções de capacitação das crianças sobre a autodefesa como o maior ganho da Acrides registado em 2023, afiançando que a associação continua focada em trabalhar no combate à violência sexual contra as crianças.
“Vai ser essa a nossa aposta, iremos continuar na formação das competências, saber estar e agir com as crianças, e vamos continuar a criar crianças embaixadoras para a defesa dos direitos das crianças e os direitos humanos”, asseverou.
A Acrides, segundo Lourença Tavares, pretende continuar a implementar projectos, planos e desenvolver acções com impactos positivos na vida das crianças, assim como reforçar as parcerias com instituições do Estado e associações comunitárias e o engajamento das famílias.
Em 2024, acrescentou, a instituição quer apostar na promoção do Serviço Social Internacional, com foco na realidade de Cabo Verde, por forma a garantir uma maior valorização dos profissionais do referido serviço.
A Acrides, fundada em 1998, por Lourença Tavares, na sequência de uma formação em Cabo Verde sobre Educadores Sociais, realizada pelo Instituto Cabo-verdiano de Menores (ICM), hoje ICCA, em 1996, é uma associação de direito privado, sem fins lucrativos, que se dedica à promoção e defesa dos direitos e deveres da criança e sua família.
A Semana com Inforpress