Coreia do Norte. Trump “não vai poder contar com a ajuda da China”

Cerca de um mês após a cimeira de Hanói, em que não foi possível chegar a qualquer acordo entre Kim Jong-un e o Presidente norte-americano, Donald Trump, responsáveis de informações sul-coreanos confirmavam em março que Kim Yong-chol, alto representante da diplomacia norte-coreana, tinha sido castigado pelo fracasso nas negociações. Na altura, a imprensa de Seul conjeturou sobre o destino do dignatário, assumindo que tinha sido enviado para um campo de trabalho.

Esta semana, para surpresa de todos, Kim Yong-chol surgia perto de Kim Jong-un, o líder supremo da Coreia do Norte, durante uma apresentação dos oficiais do Exército, segundo imagens que foram divulgadas por publicações norte-coreanas.

É sempre assim quando o assunto em cima da mesa é o que se passa acima do Paralelo 38. Especulação, observação exaustiva – a que é possível -, tentativa e erro. Paul French, investigador e autor de vários livros sobre a história contemporânea da China, vive em Xangai há várias décadas, e lança agora um livro em que aborda as características e as particularidades de um país tão único quanto secreto.

Em “Coreia do Norte: Estado de Paranoia”, editado em Portugal pela Saída de Emergência, French explora os elementos que distinguem o regime e a sociedade norte-coreana, desde a ideologia, o estado da economia, a diplomacia e a questão nuclear, ou ainda as possibilidades de uma eventual reunificação entre as Coreias.


Um dos temas desta entrevista à Antena 1 - durante uma visita do autor a Portugal, no início de junho, - foi a própria dificuldade que existe em conhecer a Coreia do Norte. Perante todas as barreiras e entraves que se encontra quando se tenta conhecer um dos países mais fechados e instáveis do mundo, Paul French argumenta que é um esforço necessário: afinal, Pyongyang tem poder nuclear.


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