Obama pede rejeição de líderes que "normalizam sentimentos racistas"
Postado
06/08/2019 06H12
El Paso, Texas, e Dayton, Ohio. Dois massacres com menos de 13 horas de
intervalo; mais de 30 pessoas assassinadas com armas legais.
Na segunda-feira o antecessor de Donald Trump na Casa Branca, Barack
Obama, pronunciou-se nas redes sociais sobre os tiroteios, frisando o
que considera ser a necessidade de leis de controlo de armas mais
rígidas e rejeitando a linguagem utilizada por líderes que "normalizam
sentimentos racistas" no país.
Primeiramente, Obama escreveu que os cidadãos norte-americanos "devem
responsabilizar as autoridades públicas" e lutar por leis mais
restritas. Disse ainda que o número elevado de tiroteios no país - 251
em apenas 216 dias - não é comum em nações desenvolvidas.
O ex-Presidente democrata mencionou também que as motivações por detrás
do massacre em El Paso eram de cariz racista e com intenções de
preservar a supremacia branca, frisando a importância de rejeitar tais
ideologias.
"Devemos rejeitar firmemente os discursos feitos por qualquer um dos
nossos líderes que alimentam um clima de medo e de ódios ou que
normalizam sentimentos racistas; líderes que demonizam os que não se
parecem connosco, ou sugerem que outras pessoas, incluindo imigrantes,
ameaçam a nossa forma de vida, ou se referem a outras pessoas como sub-humanas, ou insinuam que a América pertence apenas a um certo tipo de pessoas".
Obama terminou dizendo que a linguagem racista contra imigrantes e
minorias étnicas originou "a escravatura e o Jim Crow, o Holocausto, o
genocídio no Ruanda e a limpeza étnica nos Balcãs".
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