Obama pede rejeição de líderes que "normalizam sentimentos racistas"

El Paso, Texas, e Dayton, Ohio. Dois massacres com menos de 13 horas de intervalo; mais de 30 pessoas assassinadas com armas legais.

Na segunda-feira o antecessor de Donald Trump na Casa Branca, Barack Obama, pronunciou-se nas redes sociais sobre os tiroteios, frisando o que considera ser a necessidade de leis de controlo de armas mais rígidas e rejeitando a linguagem utilizada por líderes que "normalizam sentimentos racistas" no país.

Primeiramente, Obama escreveu que os cidadãos norte-americanos "devem responsabilizar as autoridades públicas" e lutar por leis mais restritas. Disse ainda que o número elevado de tiroteios no país - 251 em apenas 216 dias - não é comum em nações desenvolvidas.

"Nenhuma outra nação no mundo experiencia tiroteios em massa com a mesma frequência que vemos nos Estados Unidos. Nenhuma outra nação desenvolvida tolera os níveis de violência armada que nós toleramos. Cada vez que isto acontece, dizem-nos que leis de armas mais rígidas não vão parar os assassinatos (…) Mas as provas mostram que podem parar alguns massacres", disse.


O ex-Presidente democrata mencionou também que as motivações por detrás do massacre em El Paso eram de cariz racista e com intenções de preservar a supremacia branca, frisando a importância de rejeitar tais ideologias.




"Devemos rejeitar firmemente os discursos feitos por qualquer um dos nossos líderes que alimentam um clima de medo e de ódios ou que normalizam sentimentos racistas; líderes que demonizam os que não se parecem connosco, ou sugerem que outras pessoas, incluindo imigrantes, ameaçam a nossa forma de vida, ou se referem a outras pessoas como sub-humanas, ou insinuam que a América pertence apenas a um certo tipo de pessoas".




Obama terminou dizendo que a linguagem racista contra imigrantes e minorias étnicas originou "a escravatura e o Jim Crow, o Holocausto, o genocídio no Ruanda e a limpeza étnica nos Balcãs".


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