Hong Kong. Imagens de satélite mostram militares chineses perto da cidade
"Após meses de resistência, temos medo, estamos zangados e exaustos.
Alguns de nós exageraram ontem à noite", disse um grupo de
manifestantes. Prometeram ainda "aprender com os erros".
Contudo, a China parece não perdoar. Imagens de satélites
difundidas esta terça-feira mostram viaturas da polícia e do exército
chineses reunidos em Shenzhen, a cidade que faz fronteira com Hong Kong.
Em comunicado, as autoridades policiais chinesas informaram que mais de
12 mil polícias se dirigiram para Shenzhen, para exercícios antimotim.
Os exercícios farão parte dos preparativos para o 70.º aniversário da
República Popular da China, comemorado a 1 de outubro.
"O exercício será realizado para aumentar a moral das tropas, praticar e
preparar a segurança das celebrações e manter a segurança política
nacional e a estabilidade social", frisou a polícia.
A imprensa oficial chinesa disse recentemente que existiam "sinais de terrorismo" na Região Administrativa de Hong Kong.
O porta-voz do Gabinete de Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de
Estado chinês, Yang Guang, advertiu para "não brincarem com o fogo"
porque "aqueles que brincam com fogo morrerão".
E acrescentou: "No final, eles serão punidos (…) é uma questão de tempo".
As autoridades chinesas, que, no início, censuraram qualquer informação
sobre a situação no território, optaram agora por caraterizá-los como
"terrorismo" e "ações ilegais".