Amazónia. Jair Bolsonaro proíbe queimadas por 60 dias
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29/08/2019 06H17
A medida procura responder aos incêndios na região da Amazónia e
simultaneamente calar o recente vendaval de críticas, externas e
internas, à ação do Executivo brasileiro.
Macron "chamou-me mentiroso e por duas vezes disse que a soberania
(sobre a Amazónia) deveria ser relativizada", lembrou Bolsonaro aos
jornalistas esta quarta-feira.
"Poderemos voltar a falar quando ele se retatar depois do que disse contra a minha pessoa", acrescentou.
"Poderemos voltar a falar quando ele se retatar depois do que disse contra a minha pessoa", acrescentou.
A proibição de queimadas por 60 dias inclui-se num pacote mais vasto,
que irá incluir medidas de combate aos desmatamento - as quais deverão
passar por incentivos financeiros - e propostas de mineração e de
exploração vegetal no território.
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, referiu ao jornal Folha de S. Paulo que se
prepara para ir à Região Norte do Brasil reunir-se "com os governadores
da Amazónia Legal, para contemplarmos as necessidades de todos".
De acordo com o decreto agora publicado, a proibição de queimadas é
“excecional e temporária” e ditada pela proteção do meio ambiente,
apesar de, de acordo com algumas autoridades brasileiras, o número de
incêndios ter diminuído nos últimos dois dias.
Dados contraditórios
No balanço da Operação Verde Brasil, a maioria dos focos de incêndio tem sido registada nos estados de
Rondônia, Amapá, Pará e Maranhão, tendo
lavrado com maior intensidade entre domingo e segunda-feira.
A
maior diminuição de incêndios registou-se terça-feira, em Rondônia,
referiu. O balanço da Operação lembrou que foi ali que se concentraram
os esforços federais de combate ao fogo.
"A avaliação é positiva. Com os parâmetros do Centro Gestor e
Operacional do Sistema de Proteção da Amazónia (Censipam), vimos que os
focos de incêndio diminuíram bastante", disse o vice-almirante Ralph
Dias, subchefe de operações do Estado-Maior das Forças Armadas, em
conferência de imprensa quarta-feira.
Os dados, apresentados no balanço da Operação são aparentemente
contrariados pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE)
brasileiro, que registou 1.044 novos focos terça-feira em todo o país,
mais de metade dos quais na Amazónia.
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