Caso de mega-burla: Detenção de Arnaldo Silva pode constitui um aviso à elite política nacional
Mas por ora, tudo não passa de uma suposta possibilidade, já que o Ministério Público ainda não publicou os suspeitos referidos, apesar do pedido feito neste sentido por parte do advogado de Arnaldo Silva. Por isso, o público está expectante que, nos próximos dias, o Ministério Público possa trazer mais novidades sobre o caso com a possível acusação e divulgação de todos os suspeitos naquilo que o advogado Vieira Lopes qualificou como sendo a maior burla (ver este jornal) na história de Cabo Verde.
Este caso começou desde o consulado do antigo Edil Jacinto Santos, altura que foram arrancadas e substituídas folhas do registo matricial das terras em causa-autores de tais crimes são ainda desconhecidos. Este dossier prosseguiu com os sucessivos presidentes da Câmara da Praia – Felisberto Vieira, Ulisses Correia e Silva e Óscar Santos. É que foi nesse último período em que a Inspecção realizada pelo governo anterior detetou a mega-burla e a atual Câmara da Praia assinou um contrato com uma entidade privada para a compra e venda de parcelas dos mesmos terrenos em litígio.
Segundo alguns juristas, mesmo respeitando o princípio da presunção de inocência, as figuras em causa podem, principalmente as que não gozam da imunidade política, ser chamadas a esclarecer certos meandros deste caso que está a marcar a actualidade política em Cabo Verde.
Para analistas atentos, este caso de mega-burla, que culminou esta
semana com a detenção do advogado Arnaldo Silva, pode configurar um
sério aviso à elite política nacional – no poder e na oposição. É que,
alertam as mesmas fontes, não se sabe o que vem logo a seguir, diante
deste sinal forte do poder judicial em relação à justiça em Cabo Verde.
Vamos esperar para ver, respeitando sempre a presunção de inocência e o
juízo final!
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