Arábia Saudita revela que foram utilizadas armas militares iranianas no ataque às refinarias
O porta-voz da aliança militar que combate o movimento Houthi, coronel
Turki al-Malki, diz que não restam dúvidas acerca do envolvimento do
Irão no ataque às refinarias sauditas e desmente que os mísseis tenham
sido lançados do Iémen.
"Os resultados preliminares mostram que as armas são iranianas e estamos
a trabalhar para determinar a localização", declarou Malki aos
jornalistas, em Riade, para defender que "o ataque não teve origem no
Iémen, como alegaram os Houthis". Os funcionários dos serviços de informações dos Estados Unidos, citados pelo New York Times,
já tinham divulgado, após analisarem a sua trajetória, que os mísseis
haviam sido disparados a partir do norte do Golfo Pérsico.
Yahiye Saree apelou ainda a Riade para “rever as suas opções e pôr termo à agressão e ao bloqueio contra o Iémen”.
Saree, citado pela televisão Al-Massirah controlada pelos rebeldes, aconselhou as companhias e cidadãos estrangeiros a evitar as instalações petrolíferas sauditas que, garantiu, permanecem “na mira” dos Houthis.
Irão rejeita acusações
O governo iraniano negou qualquer envolvimento no ataque, mas não
invalidou que vários dedos fossem apontados pelos sauditas e pelo
governo norte-americano a Teerão.
Donald Trump, num tweet publicado na noite de domingo, disse que
os Estados Unidos estão “carregados e prontos” para responder ao ataque,
alegando saber quem é o “culpado”.
"As refinarias de petróleo da Arábia Saudita foram atacadas. Há razões
para pensar que conhecemos o culpado, estamos carregados e prontos, com
verificação pendente, mas estamos a aguardar por notícias do reino
[saudita] sobre quem eles acreditam que foi a causa desse ataque e em
que termos vamos prosseguir!", escreveu Trump.